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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O time da NBA
Publicado por Guilherme Buso Dezembro 8 2010

A NBA não quer que os Hornets saiam de New Orleans, diferente da história da franquia que já passou por Charlotte e Oklahoma City.
Greg Foster/NBAE via Getty Images
Pela primeira vez na história, a NBA terá o controle de uma franquia que disputa o campeonato profissional. A Liga anunciou, nesta semana, a compra do New Orleans Hornets e espera, agora, a aprovação do conselho de proprietários.

Essa situação já aconteceu no esporte norte-americano, quando a MLB (Major League Baseball) comprou o Montreal Expos e a vendeu para a criação do Washington Nationals. Dessa vez, no entanto, a NBA não tem o interesse de vendê-la tão facilmente.

Desde o início desta temporada, os Hornets vivem problemas financeiros e o atual dono da franquia, George Shinn, tenta vendê-la, porém, sem sucesso. O co-proprietário do time, Gary Chouest, tinha o interesse na aquisição, mas revelou, recentemente, que retirou sua intenção de comprar a outra parte das ações.

Por esse motivo, o comissário da NBA, David Stern, resolveu assumir o controle dos Hornets, visando “assegurar a estabilidade e o financiamento adequado da franquia”. A Liga, inclusive, já colocou uma pessoa responsável pela administração do “seu” novo time, o advogado Jac Sperling, que também é vice-presidente do Minnesota Wild, da NHL (Natonal Hockey League).

A aquisição feita pela Liga não será definitiva. O intuito da NBA é deixar a franquia mais atrativa para poder achar um comprador no futuro. No momento, os Hornets sofrem com uma crise de público nas partidas em casa. Nesta temporada, a média de torcedores no ginásio foi de “apenas” 13.800 pessoas, que significa pouco para os padrões da liga profissional norte-americana.

Outro fator que pesou na falta de interesse dos compradores foi o anúncio de que o principal jogador dos Hornets, o armador Chris Paul, estava interessado em sair. Paul é um dos grandes nomes da nova geração da NBA e sua saída poderia acabar com todas as chances de uma boa negociação pela franquia.

Segundo algumas fontes, as cidades de Seattle, Kansas City, Anaheim e Las Vegas estão interessadas na compra da equipe. Porém, Stern não é favorável ao deslocamento dos times, situação que já ocorreu algumas vezes com os Hornets. A franquia é original de Charlotte e, em 2002, se mudou para New Orleans. Três anos mais tarde, após o furacão Katrina, o time passou a jogar em Oklahoma City, voltando para Louisiana somente em 2007.

Stern acredita muito no potencial de New Orleans. Em 2009, o comissário organizou o All-Star Game na cidade e o evento foi considerado um sucesso. A NBA revela que possui o apoio tanto da prefeitura de New Orleans quanto do governo do estado da Louisiana e, com isso, está bastante confiante de que essa atitude trará frutos para os Hornets e para a Liga.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O que há de errado com o Heat?
Publicado por Adriano Albuquerque Novembro 26 2010

E agora, LeBron?
Mike Ehrmann/Getty Images
É o que todo mundo está perguntando por aí. Bom, talvez não todo mundo, mas parece que é – afinal, até o Barack Obama tem uma opinião sobre os males que afligem Miami. E num mundo em que todos têm voz, mesmo que escondidas e sufocadas pelo anonimato e pluralidade da internet, o pânico foi deflagrado pela hipérbole imediatista da mídia.

Todo mundo tem uma teoria. Todo mínimo detalhe é colocado sob um microscópio e vira “o motivo” da má fase. “Eles não têm armador”; “falta força no garrafão”; “o banco é ruim”; “os astros não acreditam no técnico”; “os astros querem Pat Riley no banco”; “o trio não pode jogar junto”.

Eu mesmo posso dizer, por exemplo, que tenho a ligeira impressão de que o trio de astros do Heat não está muito feliz de estar junto. Lembra quando o “Grande Trio” de Boston se uniu em 2007? Os três logo pareciam ser melhores amigos, mostravam grande empolgação em quadra, e seus jogos se encaixaram muito bem. Já Miami parece um time tenso, que está sentindo a pressão sobre seus ombros e não consegue relaxar.

Será culpa das expectativas extremamente altas que mídia e torcida – e eles próprios, que falaram em títulos múltiplos na apresentação – colocaram sobre o time? Será culpa da franquia, que criou um clima de guerra e pressão sobre seu elenco desde o campo de treinamento, realizado numa base militar? Será culpa da fragilidade emocional do trio?

Ou será, SERÁ, que é tudo um grande exagero? Todo mundo sabia que seria uma difícil adaptação para três caras, acostumados a serem as únicas opções de suas equipes, jogarem juntos e dividirem toques. Como alguém poderia esperar 72 vitórias no primeiro ano deste time? O Chicago Bulls de 1996-97, que conseguiu este feito, teve meia temporada para se entrosar após a volta de Michael Jordan ao basquete, em 95.

Na última vez que o Heat reformulou seu elenco completamente, em 2005, a equipe começou a temporada com 11 vitórias e 10 derrotas. Também apanhou do então campeão do Leste, Detroit Pistons, por toda a temporada. E o que aconteceu? Clicou nos playoffs e foi campeão. Títulos não se conquistam em novembro. OK, então eles só engrenaram depois de trocar de técnico... Mas quem garante que será necessário ir tão longe? Da mesma forma, quem garante que uma mudança de comando vai torná-los campeões? Talvez, este seja o time que eles devam ser mesmo, e nossas expectativas que nos enganaram.

O que há de errado com o Miami Heat? Talvez nada. A ver...

sábado, 20 de novembro de 2010

Difícil de não comparar
Publicado por Guilherme Buso Novembro 5 2010

Assim como Oden, Sam Bowie sofreu muitas lesões e sempre sentiu a pressão de ter sido escolhido no Draft antes de Michael Jordan.
NBAE/Getty Images
Há um ano, escrevi um post aqui no Blog Squad sobre o pivô do Portland Trail Blazers, Greg Oden. Lá, eu comparava Oden a Sam Bowie, jogador escolhido pelos Blazers na segunda colocação do Draft de 1984, à frente de ninguém menos que Michael Jordan (o terceiro colocado). Bowie teve uma carreira complicada na NBA, sofrendo diversas lesões e ficando conhecido como uma das piores escolhas da história da loteria.

A comparação com Greg Oden foi, talvez, exagerada na época. Treze anos após a escolha de Bowie, os Blazers escolheram Oden, um excelente pivô da Universidade de Ohio State. A decisão do time de Portland parecia correta, afinal, nunca existirá outro Jordan no mercado e ninguém imagina que um atleta possa sofrer tantas lesões quanto Bowie.

Porém, logo na primeira temporada como novato, Oden sofreu uma lesão no joelho direito e ficou fora de todas as partidas. No ano seguinte, mais uma lesão, dessa vez o pé direito, na estreia dos Blazers diante do Los Angeles Lakers. Foram mais 20 jogos afastado na liga norte-americana. Em 2009/2010, no dia 05 de dezembro (data do meu post), numa partida contra o Houston Rockets, o jogador lesionou o joelho esquerdo e ficou fora das quadras novamente.

Nesta temporada, o pivô nem estreou. Oden ainda sentia a lesão no joelho, por isso, nesta quinta-feira, a diretoria dos Blazers anunciou que ele passará por uma nova cirurgia e não poderá atuar neste campeonato. Incrível!

E, pior de tudo. A escolha número 2 do Draft de 2007 foi o ala Kevin Durant, do Oklahoma City, que não substituirá Michael Jordan, mas pode chegar bem perto disso.

Está cada vez mais difícil de não comparar.
Time da virada... até quando?
Publicado por Adriano Albuquerque Novembro 17 2010

Deron Williams está jogando como MVP neste início de temporada.
Kent Smith/NBAE/Getty Images
“O Jazz é o time da virada... O Jazz é o time do amor!” O famoso grito entoado pelas torcidas do Vasco e do Santos no futebol brasileiro poderia facilmente ser cantado pelos fãs de Salt Lake City, após o Utah Jazz assombrar a NBA com uma sequência de cinco vitórias seguidas depois de estar perdendo por dígitos duplos. O feito foi empolgante e tornou a equipe em uma atração imperdível para os basqueteiros pelo mundo; entretanto, o time deveria repensar um pouco a estratégia, pois manter este hábito é perigosíssimo para suas pretensões.

Após começar a temporada com duas derrotas acachapantes, um ano depois de mais uma eliminação decepcionante nos playoffs e de perder sua principal arma ofensiva (Carlos Boozer) para o Chicago Bulls, Utah precisava mesmo de boas notícias. E elas vieram em montes: Deron Williams está jogando como um legítimo candidato ao prêmio de MVP, Paul Millsap está mostrando um jogo melhorado e mais amplo do que nunca, Al Jefferson está começando a se adaptar e Andrei Kirilenko parece rejuvenescido. Além disso, quatro das cinco vitórias de virada aconteceram fora de casa – o Jazz sempre teve dificuldades em vencer longe do EnergySolutions Center, e vencer na estrada é vital nos playoffs.

Todavia, correr atrás no placar todo jogo é cansativo. Jogar na frente exige concentração e disciplina; jogar para virar exige determinação e velocidade. Começar atrás no marcador não foi uma exclusividade desta excursão; em 11 partidas até agora (quarta-feira 17/11), o Utah Jazz só terminou o primeiro tempo à frente duas vezes. No restante, foi para o intervalo em desvantagem em todos. Em média, o Jazz vai ao segundo tempo atrás por 6,18 pontos – excluindo os dois massacres em que saiu do segundo quarto à frente, sua média de desvantagem é de 11,4 por partida!

Por que o Jazz vai sempre ao segundo tempo tão atrás no marcador? A equipe tem anotado apenas 43,63 pontos em média antes do intervalo. Quando volta do vestiário, a mudança é da água para o vinho. Nos segundos tempos, Utah tem sido quase 13 pontos melhor – são 56,18 pontos por segundo tempo. O ápice dessa discrepância foi na virada contra o Miami Heat, em que o time fez 72 pontos no segundo tempo – 40 a mais do que no primeiro.

Vencer é ótimo, não importa como, mas será que o exigente e emburrado técnico Jerry Sloan está feliz com isso? Seu time está claramente mostrando desconcentração no começo dos jogos e despreparo para seus oponentes. Claro, Sloan é um mestre dos ajustes e da motivação, mas nem sempre a reação vai dar certo no segundo tempo – prova disso foi a derrota para o Oklahoma City Thunder, em casa, na última segunda-feira. E se continuar nesse ritmo, o Utah Jazz não vai aguentar chegar ao final da temporada.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Jogadores da Semana da NBA: Derrick Rose de Chicago Bulls e Deron Williams de Utah jazz


NOVA IORQUE, dia 15 de novembro de 2010 – Derrick Rose do Chicago Bulls e Deron Williams do Utah Jazz foram nomeados os jogadores da semana para as Conferências do Leste e Oeste na NBA, respectivamente, para os jogos jogados entre os dias 8 e 14 de novembro.

Veja abaixo mais detalhes da semana do Rose e do Williams:

Derrick Rose, Chicago Bulls
08 de novembro contra Denver: Registrou 18 pontos, seis assistências e dois rebotes na vitória por 94-92 sobre os Nuggets.
11 de novembro contra Golden State: 22 pontos, 13 assistências e três rebotes na vitória por 120-90 sobre os Warriors.
13 de novembro contra Washington: 24 pontos, oito assistências e quatro rebotes na vitória por 103-96 sobre os Wizards.

Deron Williams, Utah Jazz
09 de novembro em Miami: 21 pontos e 14 assistências na vitória por 116-114 sobre o Heat.
10 de novembro em Orlando: 30 pontos e 14 assistências na vitória por 104-94 sobre o Magic.
12 de novembro em Atlanta: 24 pontos e 10 assistências na vitória por 90-86 contra os Hawks.
13 de novembro em Charlotte: 17 pontos e nove assistências na vitória por 96-95 sobre os Bobcats.

Outros candidatos para os jogadores da semana foram: (Boston) Kevin Garnett e Paul Pierce, (Charlotte) Gerald Wallace, (Chicago) Joakim Noah, (Indiana) Mike Dunleavy, (Miami) Dwyane Wade e LeBron James, (Milwaukee) Brandon Jennings, (Minnesota) Kevin Love, (Oklahoma City) Russell Westbrook, (Phoenix) Jason Richardson, (San Antonio) Tony Parker, e (Utah) Paul Millsap.
Horazinha ingrata!
Publicado por Adriano Albuquerque Novembro 11 2010

Quer ver o Warriors jogar frente sua barulhenta torcida? Está disposto a ficar de pé até 3:30 da madrugada para isso? Boa sorte!
Rocky Widner/NBAE/Getty Images
Chegou aquela hora. Aquela que os fãs brasileiros da NBA detestam, literalmente.

22h. 23h. Meia-noite e meia. 1h da manhã. Escolha a que você odeia mais: são os horários de início dos jogos da liga durante a semana.

Se Deus criou o horário de verão, o Diabo certamente está por trás da invenção do fuso horário. Pegar uma horinha de sol após o final do expediente é uma das poucas recompensas que o trabalhador tem por seu sofrimento diário. A diferença de três horas entre a zona horária de Brasília e a da Costa Leste americana, que torna 20h da noite em Nova Iorque em 23h no Rio de Janeiro, é o preço a se pagar.

Os fãs brasileiros de NBA estão acostumados a viver a rotina de insones durante as temporadas do basquete americano. Mais da metade do campeonato se passa durante o trecho em que o horário de verão brasileiro coincide com o final do “Daylight Savings” dos EUA, jogando o Brasil um pouco à frente no tempo e os ianques, um pouco pra trás. Eu nunca tive problema com esse estilo de vida, até porque sempre trabalhei na cobertura dos jogos, o que me obrigava a ficar acordado até altas horas da madrugada para escrever sobre eles.

Para quem trabalha ou estuda pela manhã, porém, é terrível. É impossível ficar assistindo até tarde. Para acordar às 6h da manhã, o ideal é, no mínimo, dormir à meia-noite. Neste horário, muitos jogos nem começaram, e dificilmente algum já estará encerrado.

Eu estou vivenciando esta dificuldade no momento. Já começo a trabalhar pela manhã, e ficar acordado muito além de 1h me prejudica um pouco para o dia seguinte.

Antigamente, a TV Bandeirantes pelo menos passava alguns VTs de jogos da semana aos sábados para “matar a fome”. Hoje, temos algumas alternativas. Quem ainda tem videocassete, grava os jogos para ver depois, mas os avanços da tecnologia deixaram este recurso no passado para a maioria. Eu, graças a Deus (e ao emprego, que me permite pagar contas), posso rever os jogos na íntegra com o NBA League Pass. Tenho consciência, porém, que a maioria dos torcedores brasucas precisa que um jogo tenha um feriado ou fim-de-semana no dia seguinte para poder assistir.

Amigos, mantenham a fé. Já, já chega abril e os horários de verão trocam de país – ou seja, nosso tempo fica mais pertinho do deles, e passamos a viver apenas uma horinha na frente. Bem a tempo dos playoffs...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Muchas Gracias, Oberto!
Publicado por Guilherme Buso Novembro 5 2010

Oberto conquistou o título da NBA com os Spurs, mas o seu grande trunfo foi com a Seleção Argentina com o ouro olímpico em Atenas 2004.
NBAE/Getty Images
A rivalidade entre brasileiros e argentinos existe há muito tempo, principalmente, no esporte. No basquete, então, o ódio é quase mortal, afinal, faz tempo que o Brasil não consegue superar a Argentina nos torneios mais importantes. Agora, temos que ser coerentes e admitir que nos últimos tempos os argentinos revelaram para o mundo da bola laranja craques históricos.

Por esse motivo, escrevo nessa coluna meus sinceros agradecimentos ao pivô argentino Fabricio Oberto, que nesta quinta-feira, abandonou as quadras devido a um problema cardíaco. Oberto, de 35 anos, se sentiu mal na última partida do seu time, o Portland Trail Blazers, diante do Milwaulkee Bucks e decidiu que era a hora de se aposentar.

Segundo ele: “Estou colocando minha saúde e minha família à frente do basquete. Foi uma decisão muito difícil de ser tomada depois de tantos anos jogando, mas foi a decisão correta”.

Admito que já fiquei muito irritado ao ver Oberto superar nossos pivôs no garrafão, com aquele estilo pouco físico, mas sempre eficiente de jogar basquete. O pivô tem no currículo o título da NBA da temporada 2006/2007, com o San Antonio Spurs, além de diversas conquistas nas Ligas Argentina, Grega e Espanhola por onde passou. Porém, o grande trunfo do ex-jogador foi com a Seleção da Argentina, conquistando o ouro olímpico em Atenas 2004, o bronze em Pequim 2008, e a prata no Mundial de 2002.

Por tudo que Oberto fez na carreira, fica aqui meu agradecimento e a esperança de que ele possa continuar dando alegrias não só para o povo argentino, mas também para o mundo do basquete, que sempre admirou seu trabalho.

Muchas Gracias, Oberto!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Bola em jogo
Publicado por Luiz André Guazzelli Outubro 26 2010

Cestinha da temporada passada e melhor jogador do último campeonato mundial, Kevin Durant tentará ajudar a jovem equipe do Oklahoma Thunder a superar o atual campeão Los Angeles Lakers na Conferência Oeste.
NBAE/Getty Images
Depois de meses de espera começa hoje a temporada 2010/2011 do melhor basquete do mundo, a NBA. E diferentemente das últimas temporadas, esta carrega expectativa extra, afinal, muitos jogadores importantes mudaram de equipe e um “supertime” foi montado, prometendo criar uma dinastia.

Os holofotes estão todos voltados para o atual campeão Los Angeles Lakers, que manteve o elenco e ainda se reforçou com boas peças de reposição, e para o Miami Heat que conseguiu a façanha de juntar em uma mesma equipe os astros Dwyane Wade, Chris Bosh e LeBron James. Apesar de favoritas, as equipes deverão ter bastante trabalho para chegarem a uma final que muitos já dão como certa.

Pelo lado Oeste houve pouca movimentação e os times são praticamente os mesmos. O Lakers segue como o time a ser batido na conferência. Para tentar o tricampeonato, os californianos adicionaram ao elenco o bom armador Steve Blake, o defensor Matt Barnes e o veterano pivô Theo Ratliff, que tentarão dar o suporte necessário para Kobe Bryant buscar seu sexto anel de campeão da NBA.

Oklahoma Thunder, Dallas Mavericks, Portland Trail Blazers, Denver Nuggets, e San Antonio Spurs deverão ser os principais rivais do time de Kobe Bryant. O Thunder do cestinha Kevin Durant promete dar ainda mais trabalho nesta temporada, enquanto a experiente equipe dos Spurs terá no pivô brasileiro Tiago Splitter um importante diferencial. Já o sempre favorito Denver terá que lutar bastante para manter seu principal jogador, o ala Carmelo Anthony, que parece não ter muita intenção de continuar na franquia.

No Leste o equilíbrio promete ser maior. No papel o reforçado Miami Heat leva vantagem com seu trio Dwyane Wade, Chris Bosh e LeBron James. Além disso, o time da Flórida montou um banco de reservas de respeito que conta com os alas Mike Miller e Juwan Howard, os armadores Carlos Arroyo e Eddie House e o pivô Zydrunas Ilgauskas. Entretanto, Boston Celtics, Orlando Magic, Chicago Bulls e Atlanta Hawks poderão complicar os planos do supertrio.

Atlanta e Orlando mantiveram o grupo da temporada passada e já se mostraram interessados em reforçar o elenco com um All-Star. O Chicago foi às compras e trouxe os alas Carlos Boozer e Kyle Korver e o armador CJ Watson que ao lado de Derrick Rose, Luol Deng e Joakim Noah devem complicar bastante as pretensões dos adversários. Já o vice-campeão Boston Celtics perdeu apenas o ala-pivô Rasheed Wallace, que se aposentou, mas em compensação trouxe os veteranos Jermaine O’Neal e Shaquille O’Neal para fortalecer o garrafão.

Quem pode surpreender é o New York Knicks que não desistiu de reforçar a equipe e tem feito de tudo para trazer o ala Carmelo Anthony, do Denver, para fazer dupla com Amare Stoudemire, ex-Phoenix Suns. Se a contratação for efetivada o time da Big Apple poderá figurar entre as principais equipes do lado Leste.

Prognósticos e avaliações à parte, a temporada 2010/2011 tem tudo para ser bastante disputada. Todos estão curiosos para saber se o trio do Miami dará show; se os Lakers continuarão invencíveis no Oeste; ou se Kevin Durant será mais uma vez o grande cestinha do campeonato. Conheceremos essas e outras respostas a partir desta terça-feira. Imperdível!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Inspiração de Splitter vem de sua falecida irmã



Por Ken Rodriguez, Spurs.com


NBAE/Getty Images
Ela era a irmã forte, corajosa, atlética e mais jovem, que lutou contra a leucemia com fé e determinação inabalável. No poste baixo, Michelle Splitter media 1,98m. No coração do Brasil, ela era maior ainda, tão alta que seu irmão mais velho – Tiago Splitter, de 2,11m – sempre vai olhar para cima para vê-la.

Como poderia alguém, acometida pela doença aos 15 anos de idade, rir e brincar e “aprontar” com os amigos? Como poderia alguém se erguer acima da doença e dominar o jogo? Michelle o fez. Sua adolescência foi de mágoa e de aleluia. Quimioterapia e náusea no hospital, cestas e aplausos no ginásio.

Como ela conseguiu?

A maravilha de uma vida vivida de forma tão notável – talvez milagrosamente – deixa Tiago admirado. Ele perdeu Michelle em fevereiro de 2009, e uma punhalada de tristeza permanece. Dá para ver em seus olhos, ouvir em sua voz. “Nós éramos próximos,” diz Tiago. “Ela lutava todos os dias para ficar saudável. Quando eu estou cansado e penso nela e no que ela passou, o que estou passando não é nada.”

A vida na família Splitter girava ao redor de uma bola e uma cesta. Cássio, o pai, foi jogador em sua época. Ele ensinou o jogo aos seus filhos – Tiago, Marcelo e Michelle – em Blumenau, uma cidade de 300.000 habitantes no Sul do Brasil, que mais do que dobra em tamanho quando os visitantes a inundam para a Oktoberfest, festival anual de cerveja.

Os irmãos, todos altos e atléticos, jogavam um contra o outro em casa. A mãe de Tiago, Elisabeth, lembra que os jogos eram animados e refletiam a paixão da família. “Nossa casa,” diz Elisabeth em um e-mail, “sempre foi cheia de bolas e fotos de jogadores – da NBA, é claro.”

Quando Tiago saiu de casa aos 15 anos para buscar uma carreira profissional na Europa, ele se tornou um exemplo para Michelle. Ela trabalhou duro em seu jogo e, conforme os anos passaram, desabrochou em uma força imparável. Aí veio o diagnóstico, e a família caiu de joelhos. Em um horário marcado, todos os dias, os Splitters rezavam. Elisabeth e Marcelo, em um hospital em São Paulo. Cássio, em Blumenau. Tiago, na Espanha.

Michelle tirou força das orações e de passagens da Bíblia. Ela também buscou força nas pessoas. “Michelle se divertia com suas amigas,” diz Elisabeth. “Ela ria com elas e fingia que não tinha problemas. Mas como eu sempre estava com ela, posso dizer que eu não conseguiria suportar tudo aquilo.”

Depois do começo da quimioterapia, mais notícias ruins. Michelle precisava de um transplante de medula óssea. Cássio e Tiago lançaram uma campanha em Blumenau para encontrar um doador. Ninguém apareceu lá. Mas um doador surgiu no Rio de Janeiro. A recuperação foi excruciante. Do outro lado do Oceano Atlântico, Tiago sofria quieto, desejando poder estar mais próximo.

“Para mim,” diz Tiago, “a melhor coisa que podia fazer era estar em quadra e jogar basquete”.

Em casa, Michelle lutou contra a dor com exercícios rigorosos e terapia diária, empurrando a si mesma a uma recuperação acelerada. “Todo dia era como um campeonato, um jogo vencido, uma batalha difícil,” diz Elisabeth. “Mas ela não queria que ninguém soubesse disso, principalmente Tiago, porque ele estava tão distante.”

A distância desgastou Tiago até que, subitamente, o prognóstico mudou. Os médicos liberaram Michelle para jogar bola. Michelle se pronunciou curada. Tiago comemorou. A irmã mais nova retornou às quadras e foi convocada à Seleção Brasileira juvenil. Uma reportagem internacional descreveu Michelle como “vencedora de uma batalha de três anos com a leucemia.”

Derrotar a doença era uma coisa. Mas retornar ao basquete num palco mundial? “Não conseguia imaginar,” disse Michelle a um repórter internacional, “que isso iria acontecer.”

Tiago não podia imaginar a próxima notícia. A leucemia retornou. Michelle entrou em cuidado intensivo com uma hemorragia no pulmão. No mesmo dia, Tiago sofreu uma lesão e foi liberado para voltar ao Brasil. A viagem de volta para casa terminou com um funeral. “Deus queria nossa Michelle mais perto dele,” diz Elisabeth.

Assim como Michelle uma vez tirou forças de seu irmão, Tiago agora tira forças dela. Semanas após sua morte, Tiago liderou o Tau Ceramica ao título da Copa do Rei da Espanha. Ele seguiu esse feito com uma série de jogos fortes e, em setembro, empurrado pela memória de Michelle, liderou o Brasil à medalha de ouro na Copa América.

Ele disse ao Euroleague.net, “Eu dediquei esta medalha de ouro a ela, assim como fiz com nossa vitória na Copa do Rei da Espanha, na última temporada. Tudo o que eu vencer a partir de agora será por ela.”

Um ano depois, Tiago permanece tão devotado à sua memória quanto antes. Ele está sentado na instalação de treinos do Spurs, de olhos fechados, cabeça nas mãos, lembrando de um brilho que não dava nenhuma sensação de uma morte iminente.

Ela tinha uma habilidade de olhar além da dor, além da doença, além de tudo o que estava entre ela e a eternidade. Em sua Bíblia, Michelle sublinhou Romanos 8:18: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.”

Cássio e Elisabeth colocaram o verso na lápide de Michelle e disseram adeus. No YouTube, Michelle diz “olá” em uma montagem de fotos. Em uma delas, aparecem estas palavras: “Não precisa mais procurar... Estou aqui.” Em outra, seu rosto sorridente reluz através das nuvens.

Irmão e irmã, nascidos com cinco anos de diferença, permanecem conectados espiritualmente. Ele joga em um mundo, ela mora em outro. “Quando passo por dificuldades,” Tiago diz, “ela me inspira.”

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Uma classe muito talentosa
Publicado por Guilherme Buso Outubro 14 2010

Desde 2002, Leadrinho carrega a responsabilidade de liderar o basquete brasileiro.
NBAE/Getty Images
Eu me lembro muito bem da primeira vez que vi Leandrinho jogar. Foi em 1998, quando eu tinha 13 anos de idade e estava começando minha rápida e satisfatória carreira como jogador de basquete. Fui com minha família assistir ao jogo da categoria infanto-juvenil da APABA/Santo André contra o Palmeiras, no saudoso ginásio do Parque Duque de Caxias, hoje Celso Daniel. Lá estava o tal Leandro Barbosa, que víamos nas estatísticas da Federação Paulista de Basquete como o cestinha do alviverde e do campeonato estadual.

O armador magrinho e habilidoso destoava dos demais. Ele já era um grande ídolo para todos nós garotos, apesar das vaias e do desejo de ver o time de Santo André vencer o favorito Palmeiras. Não me lembro direito se ele foi cestinha nem quem saiu vitorioso do jogo, mas me recordo que o comentário geral era que ele seria o futuro do nosso basquete.

Muitos jogadores nas categorias de base já tiveram que carregar essa responsabilidade nas costas: “ser o futuro do basquete brasileiro”. A maioria não chega nem perto de atingir esse status, mas acho que Leandrinho foi o atleta que mais sentiu isso na pele.

O ala/armador se destacou cedo e provou que mesmo jovem já tinha condições de jogar no alto nível. Aos 19 anos, Leandrinho já estava na Seleção Brasileira que disputou o Campeonato Mundial de 2002, nos Estados Unidos. O jogador começou a competição como uma simples promessa e terminou como um dos principais nomes do basquete nacional.

A ascensão foi rápida demais e, consequentemente, as cobranças vieram também. Dizem que ele é fominha, que ele não sabe jogar coletivamente, que o arremesso dele não é bom, que ele não sabe marcar, que ele é arrogante, entre outras coisas.

Em toda competição que Leandrinho disputa com a Seleção Brasileira, a torcida sempre pega no pé. E na temporada passada, então, que o atleta ainda encontrou dificuldade no seu time da NBA, o Phoenix Suns. Muitas pessoas duvidaram do potencial dele.

Agora, ninguém se lembra desse mesmo Leandrinho, aos 20 anos de idade, sendo personagem principal do Tilibra/Bauru na conquista do título brasileiro de 2002, e aparecendo como o segundo cestinha da competição, atrás apenas do lendário Oscar Schmidt. No ano seguinte, esse mesmo garoto chegou à NBA, escolhido pelo Phoenix Suns na primeira rodada do Draft, e, mais tarde, conquistou o honroso título de “Melhor Sexto Homem” da temporada 2006/2007, com médias de 18 pontos, quatro assistências e 2,7 rebotes por partida.

Leandrinho é uma realidade do basquete mundial, não só em nível brasileiro. A ida para o Toronto Raptors será fundamental para o ressurgimento do ala/armador na NBA e nós brasileiros temos que torcer por isso. Estamos bem próximos de conseguir a sonhada vaga olímpica para Londres 2012, daqui menos de um ano, e precisamos estar com força total. Torcedores, críticos e fãs do basquete, queiram vocês ou não, Leandrinho ainda é o cara da nossa Seleção.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

NBA no Brasil até 2016
Publicado por Adriano Albuquerque Outubro 7 2010

Até 2016, os brasileiros terão a oportunidade de ver os astros da NBA ao vivo, a poucos metros de distância, assim como os ingleses. Será que Kobe Bryant vem?
NBAE/Getty Images
Eu pretendia escrever esta semana sobre mais uma fase da vida de Gilbert Arenas e as exigências da imprensa acerca do armador, mas esse assunto vai ter que esperar por mais uma semana. Quando o comissário David Stern anuncia em uma coletiva de imprensa que a NBA fará jogos de pré-temporada no Brasil em no máximo seis anos, é notícia grande.

Vamos “colocar os pingos nos is”: durante uma coletiva de imprensa em Paris, na França, nesta quarta-feira (6 de outubro), para promover uma das paradas da turnê NBA Europe Live 2010, Stern respondeu a uma pergunta de um repórter brasileiro (não sei de que veículo era; pelo vídeo da coletiva a que assisti no NBA.com, só consegui entender que seu primeiro nome era Pedro) sobre quando o Brasil seria incluído nas excursões internacionais de pré-temporada da liga. O comissário disse que isso “provavelmente” acontecerá antes da Copa do Mundo de 2014, e colocou os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 como um “prazo B”. Além disso, acrescentou que a liga pretende abrir um escritório no país em breve.

São ótimas notícias. Por anos, os diretores da NBA para a América Latina vêm dizendo da possibilidade de partidas de pré-temporada no Brasil, mas quando esse tipo de declaração sai da boca do manda-chuva da liga, tem muito mais credibilidade. Ver jogos envolvendo times da NBA em solo brasileiro é um antigo sonho de todos os fãs da liga no país. Se for como na Europa, em que as equipes americanas também enfrentam times locais, seria ainda mais divertido: imaginem um confronto entre o Cleveland Cavaliers de Anderson Varejão e o Flamengo em plena HSBC Arena! O Cavs provavelmente venceria por diferença esmagadora, mas seria interessante do mesmo jeito.

A presença de um escritório da liga no Brasil é melhor ainda. Há anos, a NBA vem investindo em ações de marketing e desenvolvimento do nosso basquete, ciente do potencial de consumo que este vasto território tem. Com uma representação oficial permanente, a expectativa é que essas ações se expandam e tornem-se mais constantes, o que pode ajudar a reestabelecer o basquete como um esporte de massa no país.

Para não dizer que só falei de flores, Stern também disse em sua entrevista que está discutindo a possibilidade de organizar jogos da WNBA na França, que, segundo o comissário, é “talvez o melhor mercado” para o basquete feminino neste momento. Será que há algum movimento para trazer partidas da liga americana feminina ao Brasil também? Ouvir que a França está sendo considerada para jogos da WNBA antes de nós mostra como o país parou no tempo na modalidade feminina. Somos campeões mundiais, temos jogadoras campeãs e All-Stars da liga, e mesmo assim, o mercado interno para o basquete entre as mulheres está em seu pior estado nos últimos 30 anos. Que a CBB aproveite essa maior aproximação da NBA para fomentar a categoria.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Campo de treinamentos minado
Publicado por Adriano Albuquerque Septembro 29 2010

LeBron, Wade e Bosh são o centro das atenções na pré-temporada da NBA.
NBAE/Getty Images
Começaram os campos de treinamento por toda a NBA. Obviamente, o campo mais disputado pela mídia é o do Miami Heat, onde os três free agents mais cobiçados do verão americano estão treinando juntos. Segundo reportagens, cerca de 300 membros da mídia estiveram no Media Day (data que abre as atividades oficiais em cada time, com o elenco à disposição para entrevistas) do Miami. A ESPN enviou um âncora, dois comentaristas e alguns repórteres para cobrir o primeiro dia de treinos de LeBron James, Dwyane Wade e Chris Bosh juntos, em uma base militar na Flórida. E aí eu leio isto:

“Vai haver muitos eventos não-tradicionais no itinerário do Heat nesta semana, incluindo palestrantes convidados, encontros com membros do exército, até uma chance de os jogadores passarem por treinamento real – fazendo coisas como carregar bombas (de mentira) e navegar por situações simuladas de batalha (...)” – retirado de uma reportagem da Associated Press.

Deve ser muito legal ir a uma base militar e passar por essas experiências todas. Mas eu pensei que o “Grande Trio” estava em Miami para conquistar títulos, não para treinar com o exército. O repórter, provavelmente tentando não queimar pontes com suas fontes para a temporada, ameniza no parágrafo seguinte e escreve, “Apesar disso, o que importa nesta viagem é o basquete.” Será mesmo? Ou será que esta viagem é sobre mídia? A questão é: como se concentrar em basquete com tantas distrações ao redor?

Alguns podem alegar que ficar em South Beach seria muito pior, pois Miami é cheia de boates, praias, mulheres e tudo mais que costuma desviar o foco de jogadores. É verdade. A intenção da direção da franquia é, certamente, entrosar o elenco fora de quadra através dessas atividades “extracurriculares”, e talvez criar um sentido de responsabilidade em torno da “missão” de conquistar o título. Mas há outras formas de passar essa mensagem sem colocar seus atletas em risco físico. E vamos combinar que, entrosamento fora de quadra, esse grupo já tem; afinal, maquinaram esta reunião em Miami nos bastidores, e rechearam o elenco com veteranos amigos.

Pelo menos, o time que se coloca como grande adversário do Miami, o Los Angeles Lakers, também terá de lidar com muitas distrações na sua pré-temporada, com uma excursão pela Europa organizada pela NBA e toda a pressão de defender um bicampeonato. Mas Boston Celtics, Orlando Magic e Chicago Bulls, principais desafiantes na Conferência Leste, terão campos de treinamento livres de drama, além de material de estudo farto sobre o Rubro-Negro floridiano.

sábado, 25 de setembro de 2010

Sonho mais distante
Publicado por Adriano Albuquerque Septembro 24 2010

Parece que já passou uma eternidade desde que Anderson Varejão chegou às Finais com o Cavs, em 2007.
NBAE/Getty Images
Há cerca de três anos, Anderson Varejão e o Cleveland Cavaliers alcançavam as Finais da NBA de forma surpreendente, ao superar o Detroit Pistons nas finais da Conferência Leste. Parecia que seria questão de tempo para vermos um brasileiro campeão na liga profissional mais famosa do mundo. Nenê e Leandrinho chegaram muito perto da decisão em anos consecutivos, mas bateram na trave, derrotados pelo Los Angeles Lakers na final da Conferência Oeste. Agora, mesmo com a chegada de Tiago Splitter ao San Antonio Spurs, time que venceu o Cavs naquela final de 2007, esse sonho parece muito mais distante.

Apesar de o número de brasileiros na liga ter aumentado para quatro neste ano, seus times se apresentam em momentos complicados, de transição, e alcançar o título, para qualquer um deles, vai exigir uma grande conjunção de fatores favoráveis, incluindo uma dose enorme de sorte. Quem vai precisar de mais sorte, quem diria, será Varejão. Seu Cavaliers dominou com folgas a temporada regular nos últimos dois anos, mas perdeu o homem que lhe permitia fazê-lo, LeBron James, para o Miami Heat. Aproveitamento do Cavs sem LeBron desde 2003: 10 vitórias e 16 derrotas, sendo que, nas últimas três temporadas, foram 13 derrotas e apenas uma vitória. Nada promissor para o "Coisa Selvagem".

Outro que vai precisar de ajuda divina é Leandrinho. Em maio passado, ele chegou muito próximo de sua primeira final de NBA, mas o Phoenix Suns perdeu a decisão do Oeste para o Lakers por 4 a 2. Depois disso, o time do Arizona decidiu enviá-lo para o Toronto Raptors em uma troca. A equipe canadense não chegou aos playoffs na última temporada e está em momento de reconstrução após perder seu maior astro, o ala-pivô Chris Bosh, também para Miami. Chegar aos playoffs já seria uma vitória impressionante para os “dinossauros”, e o time rubro-negro não parece ter armas suficientes para brigar com Miami, Boston Celtics ou Chicago Bulls, favoritos do Leste.

No Oeste, Nenê e seu Denver Nuggets pareciam ser fortes o bastante para bater o Lakers nos últimos dois anos. Em 2009, o time caiu em uma decisão acirrada contra os angelinos, e neste ano, a equipe sentiu a ausência do técnico George Karl, que teve de se afastar para tratar um câncer. Para esta temporada, o Nuggets certamente estaria na lista dos candidatos ao título da conferência, não fosse a notícia que seu grande astro, Carmelo Anthony, não pretende assinar uma extensão contratual, e os boatos de que será trocado antes do final do campeonato. A história mostra que, quando grandes craques são trocados, o time original jamais recebe valor igual de volta, e demora pelo menos dois anos para se firmar novamente entre os favoritos. Se Anthony sair mesmo, pode riscar Denver da lista de candidatos.

Por fim, temos o Tiago Splitter, que vem com o status de melhor jogador da última temporada da Liga ACB, o campeonato espanhol, considerado o melhor do mundo depois da NBA. Porém, a adaptação aos EUA e ao seu estilo de jogo leva tempo – é só ver Luis Scola, ex-companheiro de Splitter, que chegou à América com a mesma banca, mas só se firmou como protagonista no Houston Rockets depois de três anos. Além disso, o Spurs, candidato perene ao título, já dá sinais de decadência há tempos – foi eliminado na primeira rodada dos playoffs em 2009 e na segunda rodada em 2010. A base para o futuro é sólida, com Splitter, Tony Parker, George Hill e DeJuan Blair, mas ainda deve levar tempo para se estabelecer e brigar pelo troféu.

Portanto, torcedor brasileiro, prepare-se. Pode ainda demorar um tanto para ouvirmos um jogador da NBA gritar "É campeão", em português. Por ora, resta-nos torcer pelo desenvolvimento de nossos jogadores neste momento complicado de seus times. Quem sabe isso não traga a força necessária para superar as adversidades no Pré-Olímpico de 2011, em Mar del Plata, casa de nossos principais concorrentes, os argentinos...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Uma classe muito talentosa
Publicado por Guilherme Buso Setembro 23 2010

O grande destaque do Draft 2010 é o quinteto da Universidade de Kentucky, liderados pelo número um, o ala/armador John Wall.
NBAE/Getty Images
A temporada 2010/2011 da NBA está bem perto de começar e, como em todo ano, muitos jogadores farão sua estreia na maior liga de basquete do mundo. A classe de rookies está cheia de talento e a expectativa é muito grande em cima de muitos deles.

Para começar a lista de novatos, o número um do Draft da temporada anterior, o pivô do Los Angeles Clippers, Blake Griffin, não jogou uma partida sequer no último campeonato, devido a uma lesão no joelho. Dessa maneira, o jogador entra com força total para rechear mais ainda a classe de rookies de 2010.

Outro destaque nessa turma talentosa é o brasileiro Tiago Splitter, que assim como Griffin, passou pelo Draft há um tempo, em 2007. O pivô chega para atuar no San Antonio Spurs nesta temporada com o status de MVP da segunda maior liga do mundo, a ACB da Espanha, e tem grandes chances de brigar entre os melhores novatos este ano.

Além dos dois, os selecionados no Draft em 2010 também são bastante talentosos. Os alas Evan Turner, do Philadelphia 76ers, e Wesley Johnson, do Minnesota Timberwolves, mais o pivô Derrick Favors, do New Jersey Nets, são nomes que devem se sobressair nessa turma.

Agora, o grande destaque entre os novatos desta temporada, com certeza, vai para o quinteto da tradicional Universidade de Kentucky. Desde 1957, 79 atletas de UK já foram “draftados” e pela primeira vez na história da NBA, uma única universidade conseguiu ter cinco jogadores escolhidos na primeira rodada, entre os 30 primeiros colocados, do Draft.

O time comandado pelo técnico John Calipari não conseguiu o título da NCAA (Campeonato Universitário), mas foi a sensação do basquete norte-americano no último campeonato. Fãs de todas as idades, incluindo artistas, rappers e outras celebridades, paravam para ver o jogo rápido e atlético do ala/armador John Wall e seus companheiros.

Wall foi o número um do Draft 2010, escolhido pelo Washington Wizards, e também entrou para a história de Kentucky por esse feito. Antes dele, o pivô Sam Bowie havia sido o melhor “draftado” de UK, sendo a segunda escolha do Portland Trail Blazers, em 1984. O engraçado desse caso, é que na terceira posição, o Chicago Bulls escolheu o ala da Universidade de North Carolina, Michael Jordan. Será que os Blazers se arrependeram disso?

Completando o quinteto de Kentucky, o pivô DeMarcus Cousins foi escolhido na quinta posição pelo Sacramento Kings; o ala/pivô Patrick Patterson foi o 14º pelo Houston Rockets; o armador Eric Bledsoe foi o 18º pelo Oklahoma City Thunder, mas foi trocado para o Los Angeles Clippers; e o pivô Daniel Orton foi o 29º pelo Orlando Magic.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Obrigado, Durant!
Publicado por Guilherme Buso Setembro 12 2010

Ninguém conseguiu parar o ala do Oklahoma City Thunder, Kevin Durant, que foi o cestinha da final e o MVP do Mundial.
NBAE/Getty Images
Os Estados Unidos superaram a Turquia, por 81 a 64, e conquistaram o título mundial de basquete masculino e os brasileiros só podem agradecer por esse resultado.

O motivo é que juntamente com o troféu de campeão e as medalhas de ouro, os norte-americanos garantiram uma das 12 vagas para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Isso significa que para o Pré-Olímpico das Américas, que será realizado no ano que vem em Mar del Plata (ARG), a Seleção Brasileira terá um grande concorrente a menos para buscar uma das duas vagas que o continente americano tem direito na próxima Olimpíada.

O título dos norte-americanos foi conquistado graças ao bom desempenho do ala Kevin Durant, cestinha do jogo com 28 pontos e eleito o MVP (Jogador Mais Valioso) do Mundial. O jovem atleta do Oklahoma City Thunder fez um campeonato impecável e mostrou que está no mesmo nível dos principais astros do basquete.

Durant impressionou a todos com sua versatilidade e a maneira rápida com que se adaptou ao estilo de jogo internacional. Craques da NBA como Kobe Bryant, LeBron James, Allen Iverson, Tim Duncan e quase todos os outros que vestiram a camisa do Team USA sentiram dificuldade com a marcação zona e o estilo mais defensivo dos adversários. O ala, de 21 anos, não ficou intimidado em nenhum momento. Encarou todas as seleções como se fosse a quinta Olimpíada da carreira.

Cestinha da NBA na última temporada (30,1 pontos por partida), Durant está acostumado a fazer um jogo com mais infiltrações e arremessos próximos ao garrafão. Nesse Mundial, o jogador mudou suas características arriscando menos batidas para dentro e mais chutes de fora. Ele estava impossível nos tiros de 3 pontos e terminou a competição com 45,6% (26 certos em 57 tentativas) de aproveitamento, superando, facilmente, os 36,1% que teve na liga norte-americana 2009/2010.

O técnico da equipe, Mike Krzyzewski, percebeu o comprometimento de Durant e quão focado ele estava na competição e fez com que o time jogasse em função dele, um fato nada característico do treinador. O ala quase não saía de quadra nos jogos mais difíceis, contra o Brasil por exemplo, e foi o grande termômetro dos Estados Unidos. Das quartas até a final do Mundial, o jogador do Thunder sentou apenas seis dos 120 minutos jogados.

Se não fosse Durant, esse jovem elenco dos Estados Unidos talvez não venceria o título mundial, que desde 1994 não era conquistado. Por esse motivo, a festa foi muito grande entre os jogadores e comissão técnica após o fim da partida. Foi uma mistura entre a sensação doce da vitória e um pouco de alívio. Sensação que deverá ser parecida ao que nós brasileiros poderemos sentir no próximo Pré-Olímpico.
Obrigado, Durant!
Publicado por Guilherme Buso Setembro 12 2010

Ninguém conseguiu parar o ala do Oklahoma City Thunder, Kevin Durant, que foi o cestinha da final e o MVP do Mundial.
NBAE/Getty Images
Os Estados Unidos superaram a Turquia, por 81 a 64, e conquistaram o título mundial de basquete masculino e os brasileiros só podem agradecer por esse resultado.

O motivo é que juntamente com o troféu de campeão e as medalhas de ouro, os norte-americanos garantiram uma das 12 vagas para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Isso significa que para o Pré-Olímpico das Américas, que será realizado no ano que vem em Mar del Plata (ARG), a Seleção Brasileira terá um grande concorrente a menos para buscar uma das duas vagas que o continente americano tem direito na próxima Olimpíada.

O título dos norte-americanos foi conquistado graças ao bom desempenho do ala Kevin Durant, cestinha do jogo com 28 pontos e eleito o MVP (Jogador Mais Valioso) do Mundial. O jovem atleta do Oklahoma City Thunder fez um campeonato impecável e mostrou que está no mesmo nível dos principais astros do basquete.

Durant impressionou a todos com sua versatilidade e a maneira rápida com que se adaptou ao estilo de jogo internacional. Craques da NBA como Kobe Bryant, LeBron James, Allen Iverson, Tim Duncan e quase todos os outros que vestiram a camisa do Team USA sentiram dificuldade com a marcação zona e o estilo mais defensivo dos adversários. O ala, de 21 anos, não ficou intimidado em nenhum momento. Encarou todas as seleções como se fosse a quinta Olimpíada da carreira.

Cestinha da NBA na última temporada (30,1 pontos por partida), Durant está acostumado a fazer um jogo com mais infiltrações e arremessos próximos ao garrafão. Nesse Mundial, o jogador mudou suas características arriscando menos batidas para dentro e mais chutes de fora. Ele estava impossível nos tiros de 3 pontos e terminou a competição com 45,6% (26 certos em 57 tentativas) de aproveitamento, superando, facilmente, os 36,1% que teve na liga norte-americana 2009/2010.

O técnico da equipe, Mike Krzyzewski, percebeu o comprometimento de Durant e quão focado ele estava na competição e fez com que o time jogasse em função dele, um fato nada característico do treinador. O ala quase não saía de quadra nos jogos mais difíceis, contra o Brasil por exemplo, e foi o grande termômetro dos Estados Unidos. Das quartas até a final do Mundial, o jogador do Thunder sentou apenas seis dos 120 minutos jogados.

Se não fosse Durant, esse jovem elenco dos Estados Unidos talvez não venceria o título mundial, que desde 1994 não era conquistado. Por esse motivo, a festa foi muito grande entre os jogadores e comissão técnica após o fim da partida. Foi uma mistura entre a sensação doce da vitória e um pouco de alívio. Sensação que deverá ser parecida ao que nós brasileiros poderemos sentir no próximo Pré-Olímpico.

domingo, 12 de setembro de 2010

Tem Brasil na Final da WNBA
Publicado por Luiz André Guazzelli Septembro 10 2010

A ala brasileira Janeth Arcain foi o maior nome brasileiro na WNBA. A ex-cestinha da seleção brasileira foi tetra-campeã da liga atuando pelo Houston Comets.
NBAE/Getty Images
Se no masculino os jogadores brasileiros ainda não conseguiram chegar a uma final da NBA, no feminino mais uma vez seremos bem representados. O Atlanta Dream da ala Iziane e da pivô Érika começa a disputar o título da WNBA neste domingo contra o Seattle Storm.

Porém, as brasileiras não terão vida fácil. Afinal, o Seattle foi a melhor equipe da temporada regular e conta com a MVP do campeonato a pivô australiana Lauren Jackson, considerada por muitos a melhor jogadora do mundo. Além disso, também tem como outro grande destaque a armadora Sue Bird, campeã olímpica pelos Estados Unidos, em 2008, na China.

As brasileiras tem feito um bom campeonato. Iziane vem com expressiva média de 16,9 pontos e 2,6 assistências por partida. Enquanto Érika tem média de 12,4 pontos, 8,3 rebotes e 1,2 tocos por jogo. Érika tenta seu segundo título de WNBA. A atleta foi campeã em 2002 pelo Los Angeles Sparks.

A série melhor de cinco começa neste domingo e se for necessário um Jogo 5 este será realizado no dia 21 de setembro, apenas dois dias antes da estréia da seleção brasileira no Mundial de Basquete da França.

É o basquete nacional mais uma vez presente e com destaque em um dos mais importantes campeonatos do mundo.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010



- O evento contará com lendas da NBA: Bruce Bowen, Ron Harper, e Dee Brown -

NOVA YORK, 9 de setembro de 2010 - Lendas da NBA, Bruce Bowen, Ron Harper, e Dee Brown liderarão o primeiro Americas Team Camp da NBA apresentado pela Nike, que se realizará este ano no Rio de Janeiro entre os dias 23 e 26 de setembro, foi anunciado hoje pela National Basketball Association (NBA). [READ RELEASE IN ENGLISH]

Americas Team Camp da NBA apresentado pela Nike unirá os 40 melhores jogadores jovens de basquete (10 de cada país) representando o Brasil, a Argentina, o México, e o Porto Rico para quatro dias de treinos e competições de basquete intensivas lideradas pelas lendas e técnico da NBA. Selecionados pela NBA, Nike, e as federações participantes, os campistas também participarão em seminários diários que se focalizam na importância da educação, liderança, desenvolvimento de caráter, saúde e bem-estar. Nike, o sócio apresentador do acampamento, vestirá a todos os participantes com calçados e roupas esportivas.

"Americas Team Camp da NBA é parte da iniciativa da liga para crescer o esporte na América Latina", disse Philippe Moggio, Vice-presidente da NBA para a América Latina. “Com o apoio dos nossos parceiros, Nike e HP, jovens atletas de basquete da região se beneficiarão do mais alto nível de instrução de basquete pelas lendas e técnico da NBA neste acampamento fenomenal que combina o esporte com a educação”.

Acompanhando as lendas da NBA como técnico do acampamento estarão o Gordon Chiesa, Diretor de Scouting do Memphis Grizzlies, após 15 anos como técnico assistente do Utah Jazz, e Miles Simon, ex-jogador da NBA e técnico assistente universitário (Arizona). Dee Brown, que ganhou a competição de enterradas com uma enterrada "sem ver" em 1991, supervisionará como diretor do acampamento. Para promover ainda mais o esporte na região, dez treinadores de basquete da América Latina, selecionados pela FIBA Américas, serão convidado para observar o acampamento e participar em sessões de treinamento.

“Americas Team Camp da NBA apresentado pela Nike ensina jovens jogadores de basquete a importância do trabalho duro, da dedicação, do trabalho em equipe e do espírito esportivo”, disse Lynn Merritt, Vice-presidente de Marketing Global de Basquete da Nike. “Estas são todas as qualidades vitais dos campistas, quais lhes servirão bem no futuro dentro como fora das quadras, e estamos orgulhosos de trabalhar com a NBA para promover estes valores”.

HP servirá como um parceiro de marketing, e a CBB como um parceiro organizacional para o Americas Team Camp, que acontecerá no Marina Barra Clube, Rio de Janeiro.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A evolução do basquete brasileiro
Publicado por Guilherme Buso Setembro 8 2010

O Brasil terá quatro representantes na próxima temporada da NBA: Leandrinho (Toronto Raptors), Nenê (Denver Nuggets), Anderson Varejão (Cleveland Cavaliers) e Tiago Splitter (San Antonio Spurs).
NBAE/Getty Images
Há exatamente quatro anos, as críticas eram enormes em cima da Seleção Brasileira de basquete masculino. Após a eliminação na primeira fase do Campeonato Mundial do Japão, em 2006, criticaram os jogadores, a comissão técnica, os dirigentes e todas as pessoas envolvidas com a modalidade. Sobrou para todo mundo.

Nesta terça-feira, o Brasil não conseguiu superar sua maior rival, a Argentina, nas oitavas de final do Mundial da Turquia. Porém, a sensação da derrota foi bem mais tranquila. Vimos em quadra um time que jogou com confiança, encarou todos os adversários de igual para igual e por muito pouco, muito pouco mesmo, não passou para as quartas de final da competição.

É claro que as críticas vão existir. E devem. Afinal, perdemos mais uma partida importante para os argentinos e não alcançamos o nosso objetivo de estar entre os oito melhores do mundo. Assim como em 2006, os jogadores, o técnico e muitas outras pessoas vão ouvir. Não tem jeito.

A grande diferença é que as imagens que ficam dessa Seleção são muito melhores que as das competições passadas. O Brasil venceu três das seis partidas que disputou, uma delas contra uma potência do basquete mundial, a Croácia. E os jogos que perdemos foram contra seleções fortes tecnicamente, talvez até melhores que a gente, mas que foram definidos somente nos últimos segundos.

Contra os Estados Unidos, a Seleção Brasileira teve a chance de sair de quadra com a vitória no último lance do jogo. Na partida diante da Eslovênia, a grande sensação do Mundial, perdemos por apenas três pontos. E nas oitavas de final, frente aos argentinos, levamos o jogo até o minuto final, mas cometemos alguns erros na hora de decidir.

Vi muita gente escrever no Twitter aquela frase “jogamos como nunca e perdemos como sempre”. Isso me chateia. Pode até ser que a parte do “perdemos como sempre” se encaixe, afinal, estamos eliminados do Mundial. Mas, falar que “jogamos como nunca” não está correto.

O Brasil sempre esteve e nunca deixou de estar na elite do basquete internacional. Até a década de 80, estivemos entre os quatro melhores, ao lado de EUA, União Soviética e Iugoslávia. Porém, vale lembrar que os norte-americanos são os eternos “Number 1” e os outros dois países se dividiram, após a Guerra Fria, em outras seis ou sete grandes seleções, como Croácia, Sérvia, Eslovênia, Lituânia e Rússia.

Além disso, a globalização do basquete através da NBA, principalmente, permitiu com que outras nações se interessassem pela modalidade e astros como o chinês Yao Ming, o alemão Dirk Nowitzki, o espanhol Pau Gasol, o argentino Manu Ginobili e outros tantos jogadores fossem criados e fortalecessem inúmeras seleções pelo mundo.

O basquete brasileiro está “jogando como sempre” e nunca deixará de jogar no seu estilo característico. É evidente que algumas adaptações têm sido feitas para que a Seleção Brasileira continue evoluindo e possa, assim, recuperar o seu prestígio internacional. O primeiro passo foi dado na Turquia e, agora, o próximo deverá ser dado no Pré-Olímpico, em Mar Del Plata (ARG), no próximo ano.

sábado, 4 de setembro de 2010

Dia da Independência?
Publicado por Luiz André Guazzelli Septembro 3 2010

Campeão olímpico pela Argentina e atual treinador do Brasil, Rubén Magnano é uma das armas brasileiras para bater os rivais e seguir em frente no Campeonato Mundial da Turquia.
NBAE/Getty Images
Após vários anos de fracasso e alguns péssimos resultados, o basquete brasileiro parece se recuperar. Hoje temos um organizado e bem disputado campeonato interno, alguns talentos jogando em grandes times da NBA e uma seleção brasileira consistente, competitiva e treinada por um campeão olímpico, o argentino Rubén Magnano.

A atual boa fase do basquete nacional tem sido comprovada neste Mundial. Endurecemos e quase ganhamos dos favoritos norte-americanos de Coach K (na verdade merecíamos a vitória). Perdemos para a Eslovênia graças a um segundo quarto desastroso e vencemos com autoridade a Croácia, garantindo a terceira colocação da nossa chave. Mas isso tudo ainda é pouco, e para seguir em frente no campeonato temos que passar pelas oitavas de final. Nosso adversário? Por ironia do destino, a Argentina, nosso maior rival e ultimamente, nosso grande carrasco.

Sem dúvida alguma, a Argentina ganhou na última década bastante respeito e admiração dos amantes do bom basquetebol. Afinal, foram resultados expressivos como o vice-campeonato mundial de 2002 e a inédita e talvez inesperada medalha de ouro olímpica em 2004, sob o comando do nosso atual treinador, Rubén Magnano. Nesse período a Argentina bateu o Brasil por diversas vezes, inclusive no último Pré-Olímpico quando o Brasil praticamente completo foi derrotado por uma Argentina extremamente desfalcada.

Alguns anos depois, temos a chance de devolver essa e outras derrotas. O mais engraçado é que essa chance ocorrerá logo no dia 07 de Setembro, Independência do Brasil. Seria essa a hora de espantar alguns fantasmas e conquistar um pouco de independência também no basquetebol? Espero que sim. O momento é esse.

A presença de Magnano do nosso lado pode ajudar bastante, pois ninguém conhece tão bem essa equipe quanto ele. Mesmo assim a Argentina parece levar um pouquinho de vantagem. Prigioni é um grande jogador e conhece bem nosso armador Marcelinho Huertas. Delfino sempre castiga o Brasil com seus arremessos de longa distância. Porém o grande fator de desequilíbrio atende pelo nome de Luis Scola. O ala do Houston Rockets é até agora o grande destaque e cestinha do campeonato com quase 30 pontos por partida e, certamente, dará muito trabalho a Anderson Varejão e Tiago Splitter.

No entanto nossa equipe também possui boas armas. Além da grande velocidade, evoluímos bastante na defesa. Tiago Splitter tem sido decisivo e o retorno de Varejão tem trazido de volta a explosão e a empolgação que precisávamos. Além disso, não podemos deixar de enaltecer o comando e a liderança de Huertas e esquecer de Leandrinho, Alex e principalmente Marcelinho Machado, nome do Brasil nas últimas duas partidas, graças a seus precisos e salvadores arremessos de três pontos.

Repito, a hora é essa. É o momento certo, o dia mais do que ideal para nossa seleção derrotar os hermanos e resgatar a confiança e a esperança no basquete nacional. Que seja um Feliz Dia da Independência para nós todos.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Que venha a Argentina!
Publicado por Guilherme Buso Setembro 2 2010

A Seleção Brasileira chega para as oitavas de final do Mundial passando por um momento importante de consolidação do basquete no País.
Gaspar Nóbrega/CBB
A Seleção Brasileira mostrou nessa primeira fase do Campeonato Mundial que está pronta para enfrentar qualquer adversário. Falhas? Claro, que temos falhas. Mas, o mais importante é que demonstramos estar no mesmo nível de todas as seleções que disputam a competição na Turquia.

O Brasil venceu três partidas, diante do Irã, Tunísia e Croácia, e perdeu de apenas dois pontos para os Estados Unidos (70 a 68) e de somente três da Eslovênia (80 a 77). A campanha de três vitórias e duas derrotas nos deixou na terceira colocação do Grupo B, o que significa termos que enfrentar os nossos principais rivais, os argentinos, nas oitavas de final. Ótimo! E te digo porquê.

Apesar da falta que o pivô do Denver Nuggets, Nenê, faz e fará nesse Mundial, essa geração de atletas da nossa Seleção nunca esteve num momento tão bom em seus respectivos clubes. O pivô Tiago Splitter chega nesta temporada da NBA como o melhor jogador da Liga ACB (segundo maior campeonato do mundo). O ala do Toronto Raptors, Leandrinho, e o pivô do Cleveland Cavaliers, Anderson Varejão, são jogadores importantes da liga norte-americana. O armador Marcelinho Huertas está comandando a equipe brasileira com uma bagagem internacional de mais de sete anos na Europa.

Além disso, o basquete brasileiro vive uma fase de consolidação através do NBB, campeonato organizado pela nova e determinada Liga Nacional de Basquete. No último jogo, contra a Croácia, foram os jogadores que atuam no País que fizeram a diferença. O alas Marcelinho, do Flamengo, e Alex, do Brasília, foram os grandes nomes da vitória do Brasil. Sem contar as presenças importantes do ala/pivô Guilherme Giovannoni, também do Brasília, do pivô Murilo, do São José, e do ala Marquinhos, do Pinheiros.

O momento é muito favorável para o basquete brasileiro, que também tem a honra de ter uma Seleção comandada por um campeão olímpico, o argentino Rubén Magnano. O treinador trouxe, além de experiência, um outro olhar sobre o basquete internacional. E, o mais importante, ele sabe como parar o selecionado argentino, nossos próximos adversários nas oitavas de final.

Muitos podem estar com um pouco de receio de ter que enfrentar os argentinos já, logo nas oitavas. Mas, eu não estou nem um pouco preocupado. Que venha a Argentina!

Nas oitavas do Mundial

Além do confronto entre Brasil e Argentina, outros sete jogos agitam a segunda fase do Campeonato Mundial. Só jogão. Confira quais serão eles:

Sérvia (1º A) x Croácia (4º B)
Espanha (2º D) x Grécia (3º C)
Turquia (1º C) x França (4º D)
Eslovênia (2º B) x Austrália (3º A)
Estados Unidos (1º B) x Angola (4º A)
Russia (2º C) x Nova Zelândia (3º D)
Lituânia (1º D) x China (4º C)
Brasil (3º B) x Argentina (2º A)

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Merecemos vencer
Publicado por Guilherme Buso Agosto 30 2010

O armador Marcelinho Huertas vem sendo o grande líder no ataque brasileiro nesse Mundial.
Gaspar Nóbrega/CBB
A Seleção Brasileira mereceu vencer a partida contra os Estados Unidos pelo Campeonato Mundial da Turquia, nesta segunda-feira. O Brasil conseguiu fazer tudo direitinho, jogando com uma disciplina tática que há muito tempo não era vista no basquete nacional. Os jogadores trabalharam bastante a bola no ataque, arremessaram na hora certa, com confiança, fizeram uma defesa forte e demonstraram garra em todos os lances. Faltou, simplesmente, acertar a última bola, a que decidiria o jogo.

Desde o início, o armador Marcelinho Huertas comandou a Seleção Brasileira ofensivamente. Com um entrosamento impressionante com o pivô do San Antonio Spurs, Tiago Splitter, seu ex-companheiro de Caja Laboral (ESP), o Brasil intimidou os norte-americanos no primeiro tempo. Além da dupla, os alas Leandrinho e Marquinhos colaboraram no ataque, acertando as bolas de fora. Os brasileiros venceram a primeira metade do jogo por 46 a 43.

Assustados com o volume de jogo brasileiro, os norte-americanos tiveram que mudar o esquema tático da equipe, que é baseado na rotação dos jogadores e divisão de pontos no ataque. O estilo solidário do basquete internacional ou, até mesmo da NCAA, voltou a ser o da NBA, totalmente individualizado. O ala do Oklahoma City, Kevin Durant, chamou a responsabilidade e conseguiu manter os Estados Unidos no jogo.

Diferente do que se viu nas duas primeiras partidas, contra Croácia e Eslovênia, o técnico norte-americano, Mike Krzyzewski, manteve o time titular em quadra quase o jogo todo. Durant, por exemplo, jogou 39 minutos. O pivô Kevin Love, o ala Rudy Gay e os armadores Russell Westbrook e Eric Gordon, que foram presenças importantes anteriormente, ficaram no banco, entrando somente para que os titulares descansassem um pouco.

Com o jogo nas mãos de Durant (27 pontos marcados), apoiado pela experiência do armador do Denver Nuggets, Chancey Billups, os Estados Unidos passaram à frente no placar no terceiro quarto. Os mais pessimistas devem ter pensado que o jogo estava acabado para os brasileiros; que os norte-americanos começariam a atropelar, como fizeram com eslovenos e croatas; e que o festival de enterradas iria começar. Não, isso não aconteceu. A Seleção Brasileira continuou encarando o adversário de igual para igual, mesmo com a saída momentânea da dupla Huertas-Splitter, com quatro faltas cometidas.

Com menos de cinco minutos no cronômetro, os EUA venciam a partida por quatro pontos e essa vantagem permaneceu até os momentos finais. Com 33 segundos no relógio, Leandrinho acertou uma bandeja que deixou os brasileiros atrás por dois pontos (68 a 70). Após um arremesso de 3 pontos de Billups, a bola voltou para o Brasil, faltando nove segundos para o final do jogo. Huertas pegou a bola, foi para cima de Durant, subiu para o arremesso dentro do garrafão, sofreu a falta, mas não converteu. O armador foi para a linha dos lances livres, com três segundos no cronômetro, e a possibilidade de empatar a partida. Ele errou o primeiro chute, para o desespero da torcida. Forçou o erro no segundo, pegou o rebote, conseguiu o passe para Leandrinho, embaixo da cesta, que jogou a bola para o alto, conscientemente, mas não acertou o arremesso. Uma pena. Vitória dos norte-americanos.

Apesar da derrota, a partida contra os EUA dá uma confiança extra para os brasileiros, tanto para os jogadores e comissão técnica quanto para a torcida, que tinha muitas dúvidas sobre o futuro da equipe após a saída do pivô dos Nuggets, Nenê. O Brasil briga, agora, com Eslovênia e Croácia pela segunda colocação no Grupo B, tentando uma melhor classificação para as oitavas de final da competição.

Boa sorte à Seleção, que demonstrou que tem tudo para chegar entre os primeiros do Mundial. Os americanos que o digam.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Grupo Definido
Publicado por Luiz André Guazzelli Agosto 24 2010

Principal cestinha da NBA, Kevin Durant tem sido o grande nome da renovada seleção norte-americana. O ala do Oklahoma City Thunder foi o maior pontuador da equipe nas vitórias contra Lituânia e Espanha.
NBAE/Getty Images
A já bastante desfalcada equipe norte-americana perdeu mais uma importante peça para o Mundial de Basquete que começa neste final de semana na Turquia. O armador Rajon Rondo, do Boston Celtics, pediu dispensa da seleção, evitando assim a necessidade de um corte antes do campeonato, já que o grupo possuía treze jogadores.

O pedido de dispensa ocorreu dois dias após a bela vitória do US Team sobre a Espanha por 86 a 85, quando o armador sequer foi aproveitado pelo treinador Mike Krzyzewski. Segundo a USA Basketball (Federação Norte-Americana de Basquete) Rondo resolveu abrir mão de participar do Mundial, pois precisava resolver alguns problemas pessoais e familiares antes do início da temporada da NBA.

Com a saída de Rondo o grupo dos Estados Unidos será formado pelos armadores Chauncey Billups (Denver Nuggets); Stephen Curry (Golden State Warriors); Eric Gordon (Los Angeles Clippers); Derrick Rose (Chicago Bulls); e Russell Westbrook (Oklahoma City Thunder), pelos alas Kevin Durant (Oklahoma City Thunder); Rudy Gay (Memphis Grizzlies); Danny Granger (Indiana Pacers); Andre Iguodala (Philadelphia 76ers); Kevin Love (Minnesota Timberwolves) e Lamar Odom (Los Angeles Lakers), e pelo pivô Tyson Chandler (Dallas Mavericks).

Os norte-americanos estão no Grupo B do Mundial, o mesmo da seleção brasileira. Completam a chave: Croácia, Eslovênia, Tunísia e Irã.

Equipe Jovem e Renovada

Atuais campeões Olímpicos, os Estados Unidos sofreram desde o começo da preparação com muitos problemas. Sabia-se desde o início que as principais estrelas americanas (Kobe Bryant, LeBron James, Dwyane Wade, Dwight Howard, Carmelo Anthony, Chris Bosh, dentre outros) não estariam presentes no Mundial. Além disso, outros destaques como David Lee e Tyreke Evans sofreram com contusões durante a preparação. Sem contar com inesperados problemas burocráticos, como os que tiraram Amar’e Stoudemire do grupo.

Mesmo assim o treinador Mike Krzyzewski conseguiu formar um grupo bastante talentoso, que tem na marcação e no incrível potencial atlético sua grande arma. Liderados pelos experientes Chauncey Billups e Lamar Odom e pelo cestinha da NBA, Kevin Durant, os Estados Unidos tem mostrado nos amistosos que possuem um grupo forte e pronto para disputar o título da competição, mesmo contando com jogadores jovens e sem muita experiência internacional. Para se ter uma idéia o elenco conta com quatro jogadores com 21 anos de idade (Durant, Rose, Gordon e Westbrook) e dois com 22 (Curry e Love).

Independentemente da idade dos jogadores, o Us Team chega com tudo para o Mundial, que promete ser um dos mais disputados de todos os tempos, apesar de todas as sentidas ausências.
Ainda forte no garrafão
Publicado por Guilherme Buso Agosto 23 2010

Inside Photo Caption: Splitter e Varejão continuam sendo os personagens principais do elenco brasileiro que disputa o Mundial da Turquia.
NBAE/Getty Images
Algumas semanas atrás, escrevi um texto para o nosso NBA Blog Squad comentando sobre o ponto forte da Seleção Brasileira neste Mundial: os pivôs. Pela primeira vez na história do basquete nacional, tínhamos uma equipe com um trio de pivôs que possuíam o papel de personagens principais no elenco. Nenê, Tiago Splitter e Anderson Varejão formavam, provavelmente, o garrafão mais forte da competição.

Neste domingo, no entanto, recebi a triste notícia de que Nenê não permaneceria no grupo para o Mundial. Devido a um estiramento na coxa, o pivô foi afastado da Seleção e J.P. Batista foi convocado para o seu lugar. O Brasil perde muito com a saída de Nenê. É claro. Mas, continuo afirmando que o nosso forte está nos pivôs.

Splitter e Varejão, se estiverem inteiros, continuam formando uma dupla fantástica no garrafão, com nível melhor do que a de muitas seleções que estarão no torneio. Além deles, temos dois jogadores na equipe que conquistaram os prêmios de melhores pivôs da última edição do NBB, Guilherme Giovannoni e Murilo, que talvez não tenham a força física de Nenê, mas tecnicamente possuem um grande valor. Vale lembrar que Giovannoni possui uma enorme experiência internacional, fator que muitos críticos pensam ser o mais importante (e não é). E Murilo demonstrou seu potencial diversas vezes, principalmente, na final do último Sul-Americano, contra a Argentina, quando ele marcou 30 pontos e 10 rebotes e liderou o Brasil ao título.

São eles que vão ditar o ritmo da equipe comandada pelo argentino Rubén Magnano, que vão facilitar a vida para nossos alas e armadores. Um jogo efetivo de garrafão no ataque permite com que nossos jogadores de fora tenham mais liberdade para os arremessos. Se Varejão e Splitter, mais Guilherme Giovannoni, Murilo e J.P. Batista, puderem receber a bola lá embaixo para desenvolver o trabalho, o jogo ficará mais aberto para Leandrinho, Marquinhos, Alex e os dois Marcelinhos. Sem contar que a nossa equipe de pivôs nos dá uma segurança enorme no setor defensivo.

A única coisa que chateia a todos os brasileiros é de sabermos que essa não será mais a primeira vez que os três pivôs atuariam juntos pela Seleção. Isso não vai acontecer. Vamos continuar sem vê-los em ação, para nossa decepção e para alegria do mundo, que estava bem preocupado em enfrentar o Brasil. Poucas seleções desse Mundial estavam com um jogo interno tão imponente quanto estava o nosso.

Uma pena!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Tem Brasileiro no Hall da Fama
Publicado por Guilherme Buso Agosto 10 2010

Inside Photo Caption: Além do brasileiro Bira, a classe de 2010 do Hall da Fama terá grandes nomes do basquete mundial como Karl Malone e Scottie Pippen.
NBAE/Getty Images
No dia 13 de agosto deste ano, mais um brasileiro entrará, oficialmente, para a história do basquete mundial. Após o pioneirismo da “Rainha” Hortência, em 2005, outro ídolo nacional foi escolhido para fazer parte do seleto grupo de jogadores do Naismith Memorial Basketball Hall of Fame: o pivô Ubiratan Pereira Maciel, o “Bira”.

Nascido no dia 18 de janeiro de 1944, Bira foi um dos maiores pivôs que o Brasil já teve. Conhecido como o “Rei” e “Cavalo de Aço”, o ex-jogador coletou diversos títulos em mais de 20 anos de carreira. Com a Seleção Brasileira, conquistou a medalha de ouro no Campeonato Mundial de 1963 (Brasil), a prata no Mundial de 1970 (Iugoslávia) e o bronze nos Jogos Olímpicos de 1964 (Tóquio), além de cinco títulos Sul-Americanos. Pelos clubes que defendeu, como o Sírio, o Corinthians, o Palmeiras e, principalmente, o Tênis Clube de São José, foi pentacampeão da Taça Brasil e venceu 11 títulos do Campeonato Paulista.

Bira entrará no Hall da Fama juntamente com um grupo fantástico de lendas do basquete. A classe de 2010 será formada por Karl Malone, Scottie Pippen e uma das maiores jogadoras da história do basquete feminino, Cynthia Cooper. Além deles, serão homenageados Jerry Buss (dono do Los Angeles Lakers), Dennis Johnson (ex-jogador do Boston Celtics), Gus Johnson (ex-Baltimore Bullets) e Bob Hurley Sr. (técnico do colégio St. Anthony vencedor de 25 títulos estaduais e três nacionais).

Outra homenagem que será prestada no dia 13 de agosto será a duas seleções olímpicas dos Estados Unidos. A primeira foi vencedora da Olimpíada de 1960, em Roma, e contou com futuros ídolos da NBA como Jerry West, Oscar Robertson e Jerry Lucas. E a outra ficou conhecida como o Dream Team (time dos sonhos, em inglês), ouro nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, e continha no elenco Michael Jordan, Magic Jonhson, Larry Bird, Charles Barkley, Patrick Ewing, entre outros.

Data histórica para o basquete mundial e, principalmente, para o Brasil, que estará muito bem representado pelo eterno Ubiratan.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Garrafão Mais Forte do Mundo
Publicado por Guilherme Buso Agosto 5 2010

Splitter chega à NBA, nesta temporada, para defender os Spurs e se unir à dupla de pivôs brasileiros Nenê e Varejão.
NBAE/Getty Images
Diferente do que sempre ocorreu na história, a Seleção Brasileira de basquete masculina que se prepara para o Mundial da Turquia tem como ponto principal o jogo no garrafão. Altos, ágeis, fortes na defesa e, também no ataque, a aposta do Brasil está nos pivôs Nenê, Anderson Varejão e Tiago Splitter, um trio que pode ser considerado o mais forte dentre as equipes que participarão da competição.

Nenê é uma realidade da NBA. Em oito temporadas disputadas pelo Denver Nuggets, o jogador foi ganhando maturidade e tornou-se um dos principais pivôs da liga. Nos últimos campeonatos, o brasileiro anotou números de “All-Star”, médias de 14 pontos e oito rebotes por jogo, e foi fundamental na campanha dos Nuggets no vice-campeonato da Conferência Oeste em 2009.

Anderson Varejão não tem números tão fantásticos quanto o compatriota, mas o carisma e o estilo de jogo corajoso fazem com que o capixaba seja respeitado por todos os adversários. Titular, muitas vezes, do Cleveland Cavaliers, Varejão é considerado um dos melhores defensores da NBA e, no ataque, se dispõe a jogar taticamente para a equipe como poucos gostam de fazer.

Tiago Splitter é o novo queridinho do basquete brasileiro. Na última temporada da ACB (Liga Espanhola), a mais importante da Europa, o pivô foi eleito o MVP (Jogador Mais Valioso) e ajudou o Caja Laboral a conquistar o título da competição. Com um excelente desempenho no Velho Continente, Splitter chegou à NBA para ser uma das salvações do San Antonio Spurs no próximo campeonato.

Além do trio, o garrafão brasileiro contará com o apoio de dois jogadores importantes neste Mundial: Murilo e Guilherme Giovannoni, que foram considerados a melhor dupla de pivôs da última edição do NBB.

É claro que não podemos ignorar o garrafão da Espanha, que mesmo sem Pau Gasol, possui nomes de peso como Marc Gasol (Memphis Grizzlies), Jorge Garbarosa (Real Madrid) e Felipe Reyes (Real Madrid). Muito menos as duplas de pivôs da Argentina, formada por Luis Scola (Houston Rockets) e Fabrício Oberto (Washington Wizards), e da França, com Boris Diaw (Charlotte Bobcats) e Joakim Noah (Chicago Bulls). Sem contar os sérvios, os croatas, os eslovenos e os russos, que possuem anos de tradição embaixo da cesta.

A verdade é que neste Mundial e no basquete globalizado que temos hoje, todos os jogos são disputados. O nível técnico é muito parelho. Nenê, Verajão e Splitter vão ser desafiados o tempo inteiro. Porém, é possível afirmar, pela primeira vez na história do nosso basquete, que temos um garrafão temido internacionalmente.

Felicidade para o Brasil, tristeza para os EUA

Enquanto o Brasil aposta nos pivôs para o Mundial, os Estados Unidos temem os jogadores que possuem no elenco. Da primeira lista de atletas que se apresentaram para os treinamentos, nomes importantes como Amaré Stoudemire (New York Knciks), Brook Lopez (New Jersey Nets) e David Lee (Golden State Warriors) não permaneceram no grupo, lesionados. Por isso, os norte-americanos devem ir para a Turquia com o garrafão bem abaixo da média, representados pelos pivôs Tyson Chandler (Dallas Mavericks) e JaVale McGee (Washington Wizards) e os alas/pivôs Lamar Odom (Los Angeles Lakers), Jeff Green (Oklahoma City Thunder) e Kevin Love (Minnesota Timberwolves). A preocupação é grande por lá.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Para Auxiliar O Super Trio
Publicado por Luiz André Guazzelli Agosto 2 2010

Atual treinador do Miami Heat, o jovem Erik Spoelstra terá a missão de conduzir a badalada equipe da Flórida ao título da NBA. A responsabilidade será imensa, mas com um elenco desses tudo fica mais fácil.
NBAE/Getty Images
O primeiro questionamento ou reação após a surpresa causada pela reunião dos três principais Free Agents da NBA, Dwyane Wade, LeBron James e Chris Bosh no Miami Heat foi: “Tudo bem eles são fantásticos, mas sozinhos não ganharão um título. Eles precisam de bons coadjuvantes para dar o apoio necessário e garantir vitórias, principalmente nos playoffs decisivos.”

Foi pensando nisso que o atual presidente e ex-treinador do Heat, Pat Riley, resolveu formar um elenco de respeito para suprir quaisquer necessidades que o “Trio de Reis Magos” – como foi batizado pela imprensa em Miami – pudesse enfrentar durante a longa temporada, que todos, desde já, esperam que termine com o título da equipe da Flórida.

Com pouco dinheiro disponível no teto salarial para fazer novos investimentos milionários, a direção do Miami contou com a “boa vontade” de vários jogadores experientes que sonhando com um título, que agora parece eminente, aceitaram fechar com o time por um contrato mínimo, ou bastante aquém do que poderiam receber em equipes mais modestas.

Este foi o caso dos veteranos Juwan Howard e Eddie House. O armador Eddie House, draftado em 2000 pelo próprio Miami, foi importante arma do técnico Doc Rivers na conquista do título do Boston Celtics em 2008, e que chegou a se revoltar quando o atleta foi mandado para o New York Knicks na última temporada. Já o ala Juwan Howard chega a Miami com 14 anos de atraso. Para quem não lembra o ex-All Star teve sua contratação pelo Heat cancelada pela NBA em 1996, pois a equipe havia estourado o teto salarial.

O pivô lituano Zydrunas Ilgauskas também aceitou receber menos para tentar seu primeiro título da NBA. Companheiro de LeBron nos Cavs o pivô será essencial para dividir o garrafão com Chris Bosh. Outro cobiçado Free Agent que terá papel importante na rotação do Heat será o ala Mike Miller. Respeitado arremessador, Miller poderia ter acertado com outra equipe por um salário bem mais polpudo, mas foi seduzido pelo projeto de Riley que quer criar uma dinastia em Miami, e provavelmente será o sexto homem da equipe.

Além disso, a equipe da Flórida tratou de renovar contrato com outros jogadores-chave do elenco, como o armador porto-riquenho Carlos Arroyo que foi titular da equipe em 35 partidas da temporada anterior e com o ala-pivô Udonis Haslem, considerado por Riley como o “jogador símbolo da equipe, um verdadeiro guerreiro”. Outros atletas que renovaram com o Heat foram os pivôs Joel Anthony e Jamaal Magloire e o ala James Jones. Sem contar com o armador titular Mario Chalmers que continua em Miami.

O Miami Heat chega forte e favorito ao título da Temporada 2010/2011 da NBA, pois além de possuir um Super Trio ainda conseguiu cercá-lo de boas peças que deverão contribuir efetivamente para o sucesso da equipe. A conquista do anel de campeão parece uma obrigação e qualquer coisa diferente disso poderá ser encarada como um grande fracasso. Agora é esperar para ver.

sábado, 31 de julho de 2010

O retorno dos Bulls
Publicado por Guilherme Buso Julho 30 2010

Ídolo dos Bulls na década de 90, sendo o principal parceiro de Michael Jordan, Scottie Pippen retorna à equipe como embaixador.
NBAE/Getty Images
Ninguém espera que o Chicago Bulls volte a reviver as glórias da década de 90 tão cedo. Nunca haverá um Michael Jordan vestindo a camisa do time novamente ou um mestre no banco de reservas como Phil Jackson. Porém, a temporada 2010/2011 da NBA poderá ter um Bulls renovado e com grandes chances de chegar longe nos playoffs.

O primeiro passo para um futuro promissor do time de Chicago, certamente, aconteceu com a chegada do armador Derrick Rose. Melhor novato do ano de 2009, Rose é o cara desse time dos Bulls. Ele é o exemplo perfeito do armador moderno, que sabe jogar coletivamente, mas tem talento e ousadia de sobra para atacar individualmente.

Na última temporada, Rose, ao lado de Joakim Noah, Luol Deng e companhia, levou a equipe de Illinois até as oitavas-de-final dos playoffs da NBA. Campanha razoável, claro. No entanto, se analisarmos que para o próximo campeonato o time manteve a base, perdendo apenas o armador Kirk Hinrich, e conseguiu trazer reforços importantes, as expectativas são excelentes para 2010/2011.

O experiente ala/pivô Carlos Boozer, ex-Utah Jazz, chegou para ser mais uma referência nos Bulls. Boozer teve médias de 19,5 pontos e 11,1 rebotes no último campeonato. Além dele, o ala Kyle Korver, ex-Jazz, e o armador CJ Watson, ex-Golden State Warriors, também chegaram. Korver é um arremessador nato, que consegue manter seu aproveitamento dos 3 ponto, geralmente, acima dos 50%. E Watson será muito bem aproveitado para ajudar Rose na armação, podendo até jogar ao lado dele em quadra.

Para comandar essa renovada equipe, os Bulls demitiram Vinny Del Negro e trouxeram Tom Thibodeau, que nunca foi técnico principal na NBA, mas foi assistente de diversos times como Boston Celtics, Minnesota Timberwolves, San Antonio Spurs, New York Knicks e Philadelphia 76ers.

Pippen está de volta
Outra novidade para os Bulls para esta próxima temporada será o retorno de um dos grandes ídolos da equipe, Scottie Pippen. Parceiro número um do maior jogador de todos os tempos, Michael Jordan, Pippen será o embaixador da franquia de Chicago e tem como objetivo, simplesmente, aparecer nos jogos e eventos. A escolha não poderia ser melhor, afinal, o ex-número 33 e hall da fama do basquete venceu seis títulos da NBA e será marcado para sempre como atleta dos Bulls.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Novo desafio após a redenção
Publicado por Guilherme Buso Julho 20 2010

Nenhum jogador que venceu o ouro olímpico em Pequim 2008 aceitou a convocação para o Mundial da Turquia.
NBAE/Getty Images
Eles são os donos do basquete. Em 17 Olimpíadas, os Estados Unidos venceram 13 medalhas de ouro. Ninguém nega a força norte-americana no esporte da bola laranja, no entanto, essa hegemonia chegou a ser dúvida por um pequeno período de tempo.

No Mundial de 2002, jogando em casa, em Indianápolis, os EUA ficaram com o sexto lugar enquanto o título foi para a Iugoslávia, que venceu a Argentina na final. Nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, mais uma frustração, a medalha de bronze. Ouro para os argentinos e prata para os italianos. Dois anos mais tarde, no Mundial do Japão de 2006, outra fraca campanha, derrota na semifinal para a Grécia (derrotada na decisão para a Espanha) e mais um terceiro lugar.

Essa sequência de fracassos realmente mexeu com os norte-americanos. Dez, doze países diferentes passaram a ter condições de disputar títulos nessa nova realidade mundial. Era hora de rever alguns conceitos e entender o porquê das derrotas nas competições internacionais. Desde 2005, a USA Basketball, entidade que comanda as seleções norte-americanas de basquete masculino e feminino iniciou um projeto para reestruturar a equipe principal dos Estados Unidos. O time precisaria de jogadores que tivessem o comprometimento com o país e estivesse realmente disposto a perder as férias da NBA para encarar o desafio contra o resto do mundo.

O resultado desse trabalho foi comprovado nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, quando um selecionado composto por estrelas como Kobe Bryant, Jason Kidd, LeBron James, Dwyane Wade, Carmelo Anthony, Dwight Howard e companhia venceu a medalha de ouro sobre a campeã mundial Espanha. Eles ficaram conhecidos como “Redeem Team” (Time da Redenção, em português), comparação ao “Dream Team” (Time dos Sonhos), que disputou a Olimpíada de Barcelona em 1992.

Dois anos se passaram e os EUA se preparam agora para o Mundial da Turquia, que será realizado entre os dias 28 de agosto e 12 de setembro. Porém, nenhum dos jogadores que se comprometeu com a Seleção em Pequim aceitou a convocação para disputar essa nova competição. O time norte-americano chega para a competição com um time jovem e, claro, talentoso, liderados por um dos maiores técnicos universitários da história, Mike Krzyzewski (Duke). Mas, será que esses atletas estão prontos para encarar o alto nível de competição internacional?

É isso que poderemos analisar a partir desta terça-feira, quando a equipe do Coach K entra em quadra em Las Vegas para iniciar os treinamentos. Foram 21 jogadores convocados para essa preparação. São eles: os armadores Chauncey Billups (Denver Nuggets), Stephen Curry (Golden State Warriors), Tyreke Evans (Sacramento Kings), Rajon Rondo (Boston Celtics), Derrick Rose (Chicago Bulls) e Russell Westbrook (Oklahoma City Thunder); os alas Kevin Durant (Oklahoma City Thunder), Rudy Gay (Memphis Grizzlies), Eric Gordon (Los Angeles Clippers), Danny Granger (Indiana Pacers), Andre Iguodala (Philadelphia 76ers), OJ Mayo (Memphis Grizzlies), Jeff Green (Oklahoma City Thunder), Lamar Odom (Los Angeles Lakers) e Gerald Wallace (Charlotte Bobcats); e os pivôs Amaré Stoudemire (New York Knicks), David Lee (Golden State Warriors), Tyson Chandler (Dallas Mavericks), Brook Lopez (New Jersey Nets), Robin Lopez (Phoenix Suns), Kevin Love (Minnesota Timberwolves).

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Hora de brilhar
Publicado por Guilherme Buso Julho 15 2010

Com a saída de Bosh e Turkoglu, o brasileiro Leandrinho terá mais espaço no time para poder mostrar seu bom basquete na NBA.
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Após sete anos defendendo o Phoenix Suns, o ala brasileiro Leandrinho acertou sua transferência para o Toronto Raptors. O jogador foi trocado, juntamente com o pivô Dwayne Jones, pelo ala turco Hedo Turkoglu, que já havia dito no final da última temporada que não gostaria de permanecer na franquia do Canadá.

A ida para o Toronto será um grande desafio para Leandrinho, que não vinha tendo muitas oportunidades nos Suns. Na temporada 2009/2010, o brasileiro perdeu quase metade das partidas do último campeonato devido a uma lesão no punho direito e, quando voltou, teve médias de 9,5 pontos em apenas 17,9 minutos de tempo de quadra, números muito abaixo do que ele já produziu na NBA.

Desde a sua chegada ao Arizona, Leandrinho sempre teve um papel importante no elenco do Phoenix. Em 2007, o brasileiro teve o seu melhor desempenho na NBA, contribuindo com médias de 18 pontos e quatro assistências por jogo e, dessa forma, recebendo o título de Melhor Sexto Homem da temporada.

Leandrinho terá a oportunidade de brilhar mais em Toronto, já que seu novo time acabou de perder dois dos principais nomes da equipe para a próxima temporada. Além de Turkoglu, o pivô Chris Bosh acertou sua transferência para o Miami Heat, onde formará um trio com Dwyane Wade e o outro reforço LeBron James. Bosh foi responsável por médias de 24 pontos e 11 rebotes por partida no último campeonato.

Ao lado dos remanescentes Andrea Bargnani, Jarett Jack, DeMar DeRozan e Jose Calderon, Leandrinho poderá recuperar seu bom basquete na NBA e visar planos mais ousados para o futuro. O jogador pode deixar de ser mais um e tornar-se o principal pontuador desse time e, quem sabe até, ser o primeiro brasileiro a chegar ao All-Star Game.

A gente fica aqui torcendo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Splitter é dos Spurs
Publicado por Guilherme Buso Julho 12 2010

Splitter poderia estar na NBA desde 2007, mas resolveu voltar para a Europa, evoluir profissionalmente e voltar mais preparado. Sábia decisão.
NBAE/Getty Images
A diretoria pediu. Os jogadores ajudaram. E a torcida implorou. Toda a comunidade de San Antonio se movimentou para tentar convencer o pivô Tiago Splitter a defender os Spurs na próxima temporada. E deu certo. Nesta segunda-feira, a franquia anunciou a contratação do jogador para a alegria de todos.

A ida de Splitter para os Spurs aumenta a esperança dos torcedores texanos, mas principalmente, eleva a qualidade da disputa na próxima temporada da NBA. Depois da união de LeBron James, Dwyane Wade e Chris Bosh em Miami, muitos davam como certo uma final entre o Heat e o atual campeão Los Angeles Lakers. Agora, o San Antonio também entra nessa lista de favoritos à decisão.

O respeitado trio Tim Duncan, Manu Ginobili e Tony Parker ganha um excelente reforço. Splitter, de 25 anos, foi eleito o melhor jogador da Liga ACB (Espanha) e ajudou seu time, o Caja Laboral, a conquistar o título do campeonato, com médias de 15,4 pontos e 7,1 rebotes por partida.

Seu desempenho na liga espanhola fez com que uma série de times o oferecessem propostas. Porém, Splitter nunca negou que seu objetivo no momento era de atuar na NBA.

O brasileiro já poderia estar na liga norte-americana desde 2007, quando foi escolhido na 28ª posição do Draft pelo próprio San Antonio Spurs. No entanto, Splitter achou melhor voltar à Europa para evoluir profissionalmente e voltar mais preparado.

Sábia decisão.

Splitter, Leandrinho, Nenê e Anderson Varejão. Agora, o Brasil volta a ter quatro representantes na NBA. Parabéns ao basquete brasileiro e boa sorte a todos eles.