Páginas

Powered By Blogger

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A evolução do basquete brasileiro
Publicado por Guilherme Buso Setembro 8 2010

O Brasil terá quatro representantes na próxima temporada da NBA: Leandrinho (Toronto Raptors), Nenê (Denver Nuggets), Anderson Varejão (Cleveland Cavaliers) e Tiago Splitter (San Antonio Spurs).
NBAE/Getty Images
Há exatamente quatro anos, as críticas eram enormes em cima da Seleção Brasileira de basquete masculino. Após a eliminação na primeira fase do Campeonato Mundial do Japão, em 2006, criticaram os jogadores, a comissão técnica, os dirigentes e todas as pessoas envolvidas com a modalidade. Sobrou para todo mundo.

Nesta terça-feira, o Brasil não conseguiu superar sua maior rival, a Argentina, nas oitavas de final do Mundial da Turquia. Porém, a sensação da derrota foi bem mais tranquila. Vimos em quadra um time que jogou com confiança, encarou todos os adversários de igual para igual e por muito pouco, muito pouco mesmo, não passou para as quartas de final da competição.

É claro que as críticas vão existir. E devem. Afinal, perdemos mais uma partida importante para os argentinos e não alcançamos o nosso objetivo de estar entre os oito melhores do mundo. Assim como em 2006, os jogadores, o técnico e muitas outras pessoas vão ouvir. Não tem jeito.

A grande diferença é que as imagens que ficam dessa Seleção são muito melhores que as das competições passadas. O Brasil venceu três das seis partidas que disputou, uma delas contra uma potência do basquete mundial, a Croácia. E os jogos que perdemos foram contra seleções fortes tecnicamente, talvez até melhores que a gente, mas que foram definidos somente nos últimos segundos.

Contra os Estados Unidos, a Seleção Brasileira teve a chance de sair de quadra com a vitória no último lance do jogo. Na partida diante da Eslovênia, a grande sensação do Mundial, perdemos por apenas três pontos. E nas oitavas de final, frente aos argentinos, levamos o jogo até o minuto final, mas cometemos alguns erros na hora de decidir.

Vi muita gente escrever no Twitter aquela frase “jogamos como nunca e perdemos como sempre”. Isso me chateia. Pode até ser que a parte do “perdemos como sempre” se encaixe, afinal, estamos eliminados do Mundial. Mas, falar que “jogamos como nunca” não está correto.

O Brasil sempre esteve e nunca deixou de estar na elite do basquete internacional. Até a década de 80, estivemos entre os quatro melhores, ao lado de EUA, União Soviética e Iugoslávia. Porém, vale lembrar que os norte-americanos são os eternos “Number 1” e os outros dois países se dividiram, após a Guerra Fria, em outras seis ou sete grandes seleções, como Croácia, Sérvia, Eslovênia, Lituânia e Rússia.

Além disso, a globalização do basquete através da NBA, principalmente, permitiu com que outras nações se interessassem pela modalidade e astros como o chinês Yao Ming, o alemão Dirk Nowitzki, o espanhol Pau Gasol, o argentino Manu Ginobili e outros tantos jogadores fossem criados e fortalecessem inúmeras seleções pelo mundo.

O basquete brasileiro está “jogando como sempre” e nunca deixará de jogar no seu estilo característico. É evidente que algumas adaptações têm sido feitas para que a Seleção Brasileira continue evoluindo e possa, assim, recuperar o seu prestígio internacional. O primeiro passo foi dado na Turquia e, agora, o próximo deverá ser dado no Pré-Olímpico, em Mar Del Plata (ARG), no próximo ano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário