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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O time da NBA
Publicado por Guilherme Buso Dezembro 8 2010

A NBA não quer que os Hornets saiam de New Orleans, diferente da história da franquia que já passou por Charlotte e Oklahoma City.
Greg Foster/NBAE via Getty Images
Pela primeira vez na história, a NBA terá o controle de uma franquia que disputa o campeonato profissional. A Liga anunciou, nesta semana, a compra do New Orleans Hornets e espera, agora, a aprovação do conselho de proprietários.

Essa situação já aconteceu no esporte norte-americano, quando a MLB (Major League Baseball) comprou o Montreal Expos e a vendeu para a criação do Washington Nationals. Dessa vez, no entanto, a NBA não tem o interesse de vendê-la tão facilmente.

Desde o início desta temporada, os Hornets vivem problemas financeiros e o atual dono da franquia, George Shinn, tenta vendê-la, porém, sem sucesso. O co-proprietário do time, Gary Chouest, tinha o interesse na aquisição, mas revelou, recentemente, que retirou sua intenção de comprar a outra parte das ações.

Por esse motivo, o comissário da NBA, David Stern, resolveu assumir o controle dos Hornets, visando “assegurar a estabilidade e o financiamento adequado da franquia”. A Liga, inclusive, já colocou uma pessoa responsável pela administração do “seu” novo time, o advogado Jac Sperling, que também é vice-presidente do Minnesota Wild, da NHL (Natonal Hockey League).

A aquisição feita pela Liga não será definitiva. O intuito da NBA é deixar a franquia mais atrativa para poder achar um comprador no futuro. No momento, os Hornets sofrem com uma crise de público nas partidas em casa. Nesta temporada, a média de torcedores no ginásio foi de “apenas” 13.800 pessoas, que significa pouco para os padrões da liga profissional norte-americana.

Outro fator que pesou na falta de interesse dos compradores foi o anúncio de que o principal jogador dos Hornets, o armador Chris Paul, estava interessado em sair. Paul é um dos grandes nomes da nova geração da NBA e sua saída poderia acabar com todas as chances de uma boa negociação pela franquia.

Segundo algumas fontes, as cidades de Seattle, Kansas City, Anaheim e Las Vegas estão interessadas na compra da equipe. Porém, Stern não é favorável ao deslocamento dos times, situação que já ocorreu algumas vezes com os Hornets. A franquia é original de Charlotte e, em 2002, se mudou para New Orleans. Três anos mais tarde, após o furacão Katrina, o time passou a jogar em Oklahoma City, voltando para Louisiana somente em 2007.

Stern acredita muito no potencial de New Orleans. Em 2009, o comissário organizou o All-Star Game na cidade e o evento foi considerado um sucesso. A NBA revela que possui o apoio tanto da prefeitura de New Orleans quanto do governo do estado da Louisiana e, com isso, está bastante confiante de que essa atitude trará frutos para os Hornets e para a Liga.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O que há de errado com o Heat?
Publicado por Adriano Albuquerque Novembro 26 2010

E agora, LeBron?
Mike Ehrmann/Getty Images
É o que todo mundo está perguntando por aí. Bom, talvez não todo mundo, mas parece que é – afinal, até o Barack Obama tem uma opinião sobre os males que afligem Miami. E num mundo em que todos têm voz, mesmo que escondidas e sufocadas pelo anonimato e pluralidade da internet, o pânico foi deflagrado pela hipérbole imediatista da mídia.

Todo mundo tem uma teoria. Todo mínimo detalhe é colocado sob um microscópio e vira “o motivo” da má fase. “Eles não têm armador”; “falta força no garrafão”; “o banco é ruim”; “os astros não acreditam no técnico”; “os astros querem Pat Riley no banco”; “o trio não pode jogar junto”.

Eu mesmo posso dizer, por exemplo, que tenho a ligeira impressão de que o trio de astros do Heat não está muito feliz de estar junto. Lembra quando o “Grande Trio” de Boston se uniu em 2007? Os três logo pareciam ser melhores amigos, mostravam grande empolgação em quadra, e seus jogos se encaixaram muito bem. Já Miami parece um time tenso, que está sentindo a pressão sobre seus ombros e não consegue relaxar.

Será culpa das expectativas extremamente altas que mídia e torcida – e eles próprios, que falaram em títulos múltiplos na apresentação – colocaram sobre o time? Será culpa da franquia, que criou um clima de guerra e pressão sobre seu elenco desde o campo de treinamento, realizado numa base militar? Será culpa da fragilidade emocional do trio?

Ou será, SERÁ, que é tudo um grande exagero? Todo mundo sabia que seria uma difícil adaptação para três caras, acostumados a serem as únicas opções de suas equipes, jogarem juntos e dividirem toques. Como alguém poderia esperar 72 vitórias no primeiro ano deste time? O Chicago Bulls de 1996-97, que conseguiu este feito, teve meia temporada para se entrosar após a volta de Michael Jordan ao basquete, em 95.

Na última vez que o Heat reformulou seu elenco completamente, em 2005, a equipe começou a temporada com 11 vitórias e 10 derrotas. Também apanhou do então campeão do Leste, Detroit Pistons, por toda a temporada. E o que aconteceu? Clicou nos playoffs e foi campeão. Títulos não se conquistam em novembro. OK, então eles só engrenaram depois de trocar de técnico... Mas quem garante que será necessário ir tão longe? Da mesma forma, quem garante que uma mudança de comando vai torná-los campeões? Talvez, este seja o time que eles devam ser mesmo, e nossas expectativas que nos enganaram.

O que há de errado com o Miami Heat? Talvez nada. A ver...

sábado, 20 de novembro de 2010

Difícil de não comparar
Publicado por Guilherme Buso Novembro 5 2010

Assim como Oden, Sam Bowie sofreu muitas lesões e sempre sentiu a pressão de ter sido escolhido no Draft antes de Michael Jordan.
NBAE/Getty Images
Há um ano, escrevi um post aqui no Blog Squad sobre o pivô do Portland Trail Blazers, Greg Oden. Lá, eu comparava Oden a Sam Bowie, jogador escolhido pelos Blazers na segunda colocação do Draft de 1984, à frente de ninguém menos que Michael Jordan (o terceiro colocado). Bowie teve uma carreira complicada na NBA, sofrendo diversas lesões e ficando conhecido como uma das piores escolhas da história da loteria.

A comparação com Greg Oden foi, talvez, exagerada na época. Treze anos após a escolha de Bowie, os Blazers escolheram Oden, um excelente pivô da Universidade de Ohio State. A decisão do time de Portland parecia correta, afinal, nunca existirá outro Jordan no mercado e ninguém imagina que um atleta possa sofrer tantas lesões quanto Bowie.

Porém, logo na primeira temporada como novato, Oden sofreu uma lesão no joelho direito e ficou fora de todas as partidas. No ano seguinte, mais uma lesão, dessa vez o pé direito, na estreia dos Blazers diante do Los Angeles Lakers. Foram mais 20 jogos afastado na liga norte-americana. Em 2009/2010, no dia 05 de dezembro (data do meu post), numa partida contra o Houston Rockets, o jogador lesionou o joelho esquerdo e ficou fora das quadras novamente.

Nesta temporada, o pivô nem estreou. Oden ainda sentia a lesão no joelho, por isso, nesta quinta-feira, a diretoria dos Blazers anunciou que ele passará por uma nova cirurgia e não poderá atuar neste campeonato. Incrível!

E, pior de tudo. A escolha número 2 do Draft de 2007 foi o ala Kevin Durant, do Oklahoma City, que não substituirá Michael Jordan, mas pode chegar bem perto disso.

Está cada vez mais difícil de não comparar.
Time da virada... até quando?
Publicado por Adriano Albuquerque Novembro 17 2010

Deron Williams está jogando como MVP neste início de temporada.
Kent Smith/NBAE/Getty Images
“O Jazz é o time da virada... O Jazz é o time do amor!” O famoso grito entoado pelas torcidas do Vasco e do Santos no futebol brasileiro poderia facilmente ser cantado pelos fãs de Salt Lake City, após o Utah Jazz assombrar a NBA com uma sequência de cinco vitórias seguidas depois de estar perdendo por dígitos duplos. O feito foi empolgante e tornou a equipe em uma atração imperdível para os basqueteiros pelo mundo; entretanto, o time deveria repensar um pouco a estratégia, pois manter este hábito é perigosíssimo para suas pretensões.

Após começar a temporada com duas derrotas acachapantes, um ano depois de mais uma eliminação decepcionante nos playoffs e de perder sua principal arma ofensiva (Carlos Boozer) para o Chicago Bulls, Utah precisava mesmo de boas notícias. E elas vieram em montes: Deron Williams está jogando como um legítimo candidato ao prêmio de MVP, Paul Millsap está mostrando um jogo melhorado e mais amplo do que nunca, Al Jefferson está começando a se adaptar e Andrei Kirilenko parece rejuvenescido. Além disso, quatro das cinco vitórias de virada aconteceram fora de casa – o Jazz sempre teve dificuldades em vencer longe do EnergySolutions Center, e vencer na estrada é vital nos playoffs.

Todavia, correr atrás no placar todo jogo é cansativo. Jogar na frente exige concentração e disciplina; jogar para virar exige determinação e velocidade. Começar atrás no marcador não foi uma exclusividade desta excursão; em 11 partidas até agora (quarta-feira 17/11), o Utah Jazz só terminou o primeiro tempo à frente duas vezes. No restante, foi para o intervalo em desvantagem em todos. Em média, o Jazz vai ao segundo tempo atrás por 6,18 pontos – excluindo os dois massacres em que saiu do segundo quarto à frente, sua média de desvantagem é de 11,4 por partida!

Por que o Jazz vai sempre ao segundo tempo tão atrás no marcador? A equipe tem anotado apenas 43,63 pontos em média antes do intervalo. Quando volta do vestiário, a mudança é da água para o vinho. Nos segundos tempos, Utah tem sido quase 13 pontos melhor – são 56,18 pontos por segundo tempo. O ápice dessa discrepância foi na virada contra o Miami Heat, em que o time fez 72 pontos no segundo tempo – 40 a mais do que no primeiro.

Vencer é ótimo, não importa como, mas será que o exigente e emburrado técnico Jerry Sloan está feliz com isso? Seu time está claramente mostrando desconcentração no começo dos jogos e despreparo para seus oponentes. Claro, Sloan é um mestre dos ajustes e da motivação, mas nem sempre a reação vai dar certo no segundo tempo – prova disso foi a derrota para o Oklahoma City Thunder, em casa, na última segunda-feira. E se continuar nesse ritmo, o Utah Jazz não vai aguentar chegar ao final da temporada.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Jogadores da Semana da NBA: Derrick Rose de Chicago Bulls e Deron Williams de Utah jazz


NOVA IORQUE, dia 15 de novembro de 2010 – Derrick Rose do Chicago Bulls e Deron Williams do Utah Jazz foram nomeados os jogadores da semana para as Conferências do Leste e Oeste na NBA, respectivamente, para os jogos jogados entre os dias 8 e 14 de novembro.

Veja abaixo mais detalhes da semana do Rose e do Williams:

Derrick Rose, Chicago Bulls
08 de novembro contra Denver: Registrou 18 pontos, seis assistências e dois rebotes na vitória por 94-92 sobre os Nuggets.
11 de novembro contra Golden State: 22 pontos, 13 assistências e três rebotes na vitória por 120-90 sobre os Warriors.
13 de novembro contra Washington: 24 pontos, oito assistências e quatro rebotes na vitória por 103-96 sobre os Wizards.

Deron Williams, Utah Jazz
09 de novembro em Miami: 21 pontos e 14 assistências na vitória por 116-114 sobre o Heat.
10 de novembro em Orlando: 30 pontos e 14 assistências na vitória por 104-94 sobre o Magic.
12 de novembro em Atlanta: 24 pontos e 10 assistências na vitória por 90-86 contra os Hawks.
13 de novembro em Charlotte: 17 pontos e nove assistências na vitória por 96-95 sobre os Bobcats.

Outros candidatos para os jogadores da semana foram: (Boston) Kevin Garnett e Paul Pierce, (Charlotte) Gerald Wallace, (Chicago) Joakim Noah, (Indiana) Mike Dunleavy, (Miami) Dwyane Wade e LeBron James, (Milwaukee) Brandon Jennings, (Minnesota) Kevin Love, (Oklahoma City) Russell Westbrook, (Phoenix) Jason Richardson, (San Antonio) Tony Parker, e (Utah) Paul Millsap.
Horazinha ingrata!
Publicado por Adriano Albuquerque Novembro 11 2010

Quer ver o Warriors jogar frente sua barulhenta torcida? Está disposto a ficar de pé até 3:30 da madrugada para isso? Boa sorte!
Rocky Widner/NBAE/Getty Images
Chegou aquela hora. Aquela que os fãs brasileiros da NBA detestam, literalmente.

22h. 23h. Meia-noite e meia. 1h da manhã. Escolha a que você odeia mais: são os horários de início dos jogos da liga durante a semana.

Se Deus criou o horário de verão, o Diabo certamente está por trás da invenção do fuso horário. Pegar uma horinha de sol após o final do expediente é uma das poucas recompensas que o trabalhador tem por seu sofrimento diário. A diferença de três horas entre a zona horária de Brasília e a da Costa Leste americana, que torna 20h da noite em Nova Iorque em 23h no Rio de Janeiro, é o preço a se pagar.

Os fãs brasileiros de NBA estão acostumados a viver a rotina de insones durante as temporadas do basquete americano. Mais da metade do campeonato se passa durante o trecho em que o horário de verão brasileiro coincide com o final do “Daylight Savings” dos EUA, jogando o Brasil um pouco à frente no tempo e os ianques, um pouco pra trás. Eu nunca tive problema com esse estilo de vida, até porque sempre trabalhei na cobertura dos jogos, o que me obrigava a ficar acordado até altas horas da madrugada para escrever sobre eles.

Para quem trabalha ou estuda pela manhã, porém, é terrível. É impossível ficar assistindo até tarde. Para acordar às 6h da manhã, o ideal é, no mínimo, dormir à meia-noite. Neste horário, muitos jogos nem começaram, e dificilmente algum já estará encerrado.

Eu estou vivenciando esta dificuldade no momento. Já começo a trabalhar pela manhã, e ficar acordado muito além de 1h me prejudica um pouco para o dia seguinte.

Antigamente, a TV Bandeirantes pelo menos passava alguns VTs de jogos da semana aos sábados para “matar a fome”. Hoje, temos algumas alternativas. Quem ainda tem videocassete, grava os jogos para ver depois, mas os avanços da tecnologia deixaram este recurso no passado para a maioria. Eu, graças a Deus (e ao emprego, que me permite pagar contas), posso rever os jogos na íntegra com o NBA League Pass. Tenho consciência, porém, que a maioria dos torcedores brasucas precisa que um jogo tenha um feriado ou fim-de-semana no dia seguinte para poder assistir.

Amigos, mantenham a fé. Já, já chega abril e os horários de verão trocam de país – ou seja, nosso tempo fica mais pertinho do deles, e passamos a viver apenas uma horinha na frente. Bem a tempo dos playoffs...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Muchas Gracias, Oberto!
Publicado por Guilherme Buso Novembro 5 2010

Oberto conquistou o título da NBA com os Spurs, mas o seu grande trunfo foi com a Seleção Argentina com o ouro olímpico em Atenas 2004.
NBAE/Getty Images
A rivalidade entre brasileiros e argentinos existe há muito tempo, principalmente, no esporte. No basquete, então, o ódio é quase mortal, afinal, faz tempo que o Brasil não consegue superar a Argentina nos torneios mais importantes. Agora, temos que ser coerentes e admitir que nos últimos tempos os argentinos revelaram para o mundo da bola laranja craques históricos.

Por esse motivo, escrevo nessa coluna meus sinceros agradecimentos ao pivô argentino Fabricio Oberto, que nesta quinta-feira, abandonou as quadras devido a um problema cardíaco. Oberto, de 35 anos, se sentiu mal na última partida do seu time, o Portland Trail Blazers, diante do Milwaulkee Bucks e decidiu que era a hora de se aposentar.

Segundo ele: “Estou colocando minha saúde e minha família à frente do basquete. Foi uma decisão muito difícil de ser tomada depois de tantos anos jogando, mas foi a decisão correta”.

Admito que já fiquei muito irritado ao ver Oberto superar nossos pivôs no garrafão, com aquele estilo pouco físico, mas sempre eficiente de jogar basquete. O pivô tem no currículo o título da NBA da temporada 2006/2007, com o San Antonio Spurs, além de diversas conquistas nas Ligas Argentina, Grega e Espanhola por onde passou. Porém, o grande trunfo do ex-jogador foi com a Seleção da Argentina, conquistando o ouro olímpico em Atenas 2004, o bronze em Pequim 2008, e a prata no Mundial de 2002.

Por tudo que Oberto fez na carreira, fica aqui meu agradecimento e a esperança de que ele possa continuar dando alegrias não só para o povo argentino, mas também para o mundo do basquete, que sempre admirou seu trabalho.

Muchas Gracias, Oberto!