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sábado, 20 de novembro de 2010

Time da virada... até quando?
Publicado por Adriano Albuquerque Novembro 17 2010

Deron Williams está jogando como MVP neste início de temporada.
Kent Smith/NBAE/Getty Images
“O Jazz é o time da virada... O Jazz é o time do amor!” O famoso grito entoado pelas torcidas do Vasco e do Santos no futebol brasileiro poderia facilmente ser cantado pelos fãs de Salt Lake City, após o Utah Jazz assombrar a NBA com uma sequência de cinco vitórias seguidas depois de estar perdendo por dígitos duplos. O feito foi empolgante e tornou a equipe em uma atração imperdível para os basqueteiros pelo mundo; entretanto, o time deveria repensar um pouco a estratégia, pois manter este hábito é perigosíssimo para suas pretensões.

Após começar a temporada com duas derrotas acachapantes, um ano depois de mais uma eliminação decepcionante nos playoffs e de perder sua principal arma ofensiva (Carlos Boozer) para o Chicago Bulls, Utah precisava mesmo de boas notícias. E elas vieram em montes: Deron Williams está jogando como um legítimo candidato ao prêmio de MVP, Paul Millsap está mostrando um jogo melhorado e mais amplo do que nunca, Al Jefferson está começando a se adaptar e Andrei Kirilenko parece rejuvenescido. Além disso, quatro das cinco vitórias de virada aconteceram fora de casa – o Jazz sempre teve dificuldades em vencer longe do EnergySolutions Center, e vencer na estrada é vital nos playoffs.

Todavia, correr atrás no placar todo jogo é cansativo. Jogar na frente exige concentração e disciplina; jogar para virar exige determinação e velocidade. Começar atrás no marcador não foi uma exclusividade desta excursão; em 11 partidas até agora (quarta-feira 17/11), o Utah Jazz só terminou o primeiro tempo à frente duas vezes. No restante, foi para o intervalo em desvantagem em todos. Em média, o Jazz vai ao segundo tempo atrás por 6,18 pontos – excluindo os dois massacres em que saiu do segundo quarto à frente, sua média de desvantagem é de 11,4 por partida!

Por que o Jazz vai sempre ao segundo tempo tão atrás no marcador? A equipe tem anotado apenas 43,63 pontos em média antes do intervalo. Quando volta do vestiário, a mudança é da água para o vinho. Nos segundos tempos, Utah tem sido quase 13 pontos melhor – são 56,18 pontos por segundo tempo. O ápice dessa discrepância foi na virada contra o Miami Heat, em que o time fez 72 pontos no segundo tempo – 40 a mais do que no primeiro.

Vencer é ótimo, não importa como, mas será que o exigente e emburrado técnico Jerry Sloan está feliz com isso? Seu time está claramente mostrando desconcentração no começo dos jogos e despreparo para seus oponentes. Claro, Sloan é um mestre dos ajustes e da motivação, mas nem sempre a reação vai dar certo no segundo tempo – prova disso foi a derrota para o Oklahoma City Thunder, em casa, na última segunda-feira. E se continuar nesse ritmo, o Utah Jazz não vai aguentar chegar ao final da temporada.

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