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sábado, 22 de maio de 2010

Não culpe o sistema
Publicado por Adriano Albuquerque Maio 21 2010

O Phoenix Suns chegou a três finais de conferência em seis anos. E ainda dizem que o seu sistema não funciona nos playoffs...
NBAE/Getty Images
Por favor, pare-me se você já ouviu ou leu alguém dizendo a seguinte frase: “O estilo do Phoenix Suns não funciona nos playoffs”. Se o Los Angeles Lakers confirmar sua vitória na série final da Conferência Oeste, você com certeza ouvirá essa frase novamente, repetida por inúmeros comentaristas.

Não se deixe enganar por esses caras que precisam de frases de efeito e comentários rápidos para explicar o que acontece na NBA, não importa se são algumas das maiores lendas da história do basquete ou se são simples fãs. O “fracasso” do Suns em alcançar uma final da liga não se resume a um simples defeito do sistema de jogo.

Quem diz que o sistema do Suns não funciona nos playoffs precisa conferir os fatos. Desde 2005, Phoenix disputou 11 séries de playoff (sem contar com o atual confronto com o Lakers) e venceu sete delas, um aproveitamento superior a 63%. Em seis anos, a equipe chegou às finais de conferência três vezes. Compare com o Utah Jazz, que tem um estilo que todos julgam “pronto para os playoffs”, com ritmo de jogo cadenciado e muito “corpo-a-corpo”, e também depende de uma grande parceria de seu armador com seu ala-pivô: desde 2005, Utah esteve em oito séries de playoffs, venceu metade e esteve nas finais de conferência apenas uma vez.

Não é o sistema de jogo que torna um time melhor ou pior sucedido nos playoffs. São os jogadores, são os treinadores, são as circunstâncias. Se Phoenix não chegou a uma final da NBA até aqui, é porque faltou competência – para defender, para segurar uma vantagem, para tirar o melhor dos jogadores – e porque faltou sorte – jogadores-chave se lesionaram, ou suspensões bobas prejudicaram, ou simplesmente, havia outro time muito melhor no caminho.

Se chegarmos em junho sem o Phoenix Suns na disputa do título, esses serão os motivos. Do outro lado, simplesmente há um time do Los Angeles Lakers bom demais, com muitas opções de qualidade. O Suns tem azar que o jogador que poderia fazer alguma diferença na defesa aos pivôs do Lakers, Robin Lopez, está sem ritmo nenhum de jogo. O técnico Alvin Gentry foi incompetente em manejar suas peças no último quarto do jogo 2, quando Phoenix havia empatado ao final do terceiro quarto e podia roubar a vantagem no mando de quadra.

Mas por favor, não digam que é o sistema. Afinal, se Pau Gasol, Lamar Odom e Kobe Bryant estivessem do outro lado, jogando no sistema do Suns, você acha que eles não seriam favoritos também? Ou se Phoenix tivesse um banco melhor, não seria capaz de competir de igual para igual com o Lakers? Aliás, basta olhar para o próprio Lakers, que nos anos 80, foi pentacampeão da NBA jogando que nem o Suns, com um jogo vistoso, ofensivo e dinâmico, com a diferença que, em seu elenco, contava com jogadores lendários como Magic Johnson, James Worthy, Kareem Abdul-Jabbar e Bob McAdoo, além de craques como Byron Scott, Michael Cooper, AC Green, Kurt Rambis e Mychal Thompson.

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